terça-feira, 11 de julho de 2017

'Numa outra encarnação, nós vamos indicar só gente do MP" diz Lula em defesa de Gleisi Hoffmann

Lula ironiza ação contra Gleisi: 'Numa outra encarnação, nós vamos indicar só gente do MP'
Foto: Ricardo Stuckert / Instituto Lula/reprodução

Para o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), "o Ministério Público em todas as acusações acha criminoso os partidos indicarem pessoas" para ocupar cargos na administração pública federal. Ele defende que essas nomeações fazem parte de uma "política de coalizão" a fim garantir governabilidade. "Numa outra encarnação, nós vamos indicar só gente do Ministério Público", ironizou, segundo informações de O Estado de S. Paulo.

Divulgado ontem(10), o comentário foi feito durante depoimento como testemunha de defesa da senadora e presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann (PR), e do marido, o ex-ministro do Planejamento Paulo Bernardo. Os dois são réus na Operação Lava Jato pelo suposto recebimento de R$ 1 milhão para custear a campanha eleitoral da petista ao Senado, em 2010. "Quando você é eleito, você é eleito com um grupo de forças políticas que lhe apoiam. Essas forças políticas é que participam da montagem do governo.

E nesse instante, sabe, o PP indicou o Paulo Bernardo [para a diretoria de abastecimento da Petrobras], que era um homem de carreira da Petrobras, um profissional que não pesava contra ele nenhuma acusação sobre nada, era tido como extremamente competente", ressaltou o ex-presidente ao explicar o processo de escolha de nomes para cargos da administração pública. "Se for olhar no regime democrático, no mundo inteiro, todos os países do mundo, inclusive o Brasil, em que você disputa uma eleição fazendo aliança política com outros partidos políticos, é normal e é razoável politicamente que, ao montar o governo, você indique para os cargos importantes da República as pessoas que te ajudaram a ganhar as eleições", acrescentou Lula. Informações do Estadão.


O petista declarou ainda que não acredita nas acusações feitas por delatores da operação sobre a senadora.

0 comentários:

Postar um comentário