Pelo sétimo ano consecutivo, a Bahia ficará de fora do horário de verão que começa no próximo domingo, dia 17, nos estados do Sul, Sudeste e Centro-Oeste do País. Nos próximos quatro meses, os relógios dos baianos terão uma hora a menos em relação ao horário de Brasília. Para os cidadãos, as mudanças no dia-a-dia serão pequenas: serão alterados o horário de funcionamento dos bancos e dos voos nos aeroportos do Estado, que seguem a marca dos ponteiros de Brasília.
No mundo dos negócios, no entanto, as mudanças são mais perceptíveis, já que as regiões atingidas pelo horário de verão representam cerca de 80% da economia brasileira. Por isso, as associações de classe ligadas à indústria, ao comércio e ao turismo pleiteiam, pelo segundo ano consecutivo, junto ao governo do Estado, a inclusão da Bahia no horário de verão.
Apesar de não quantificarem os prejuízos acarretados pela diferença de horário no Estado com a maior parte do País, os empresários defendem a adoção do horário de verão como forma de redução do consumo de energia. Segundo o Ministério das Minas e Energia, a adoção do horário de verão possibilitou a redução média de 4,7% na demanda por energia no horário de "pico", entre 18 e 21h em todo o País.
O ministério, no entanto, justifica a não-inclusão dos estados do Norte e Nordeste alegando que “não foi recomendada devido aos pequenos benefícios estimados nas avaliações do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS)” para estas regiões.
Avaliações - Os especialistas no setor energético têm visões distintas sobre o tema. A professora Antônia Cruz, professora do curso de engenharia elétrica da Unifacs, defende uma reavaliação dos impactos do horário de verão no Estado.
“A Bahia deixou de adotar o horário porque não havia tanta representatividade em termos de redução no consumo de energia. Mas a realidade hoje é outra, a economia baiana cresceu muito nos últimos anos”, argumenta.
Já o professor Luiz Pontes, coordenador mestrado em energia da Unifacs, vê a adoção do horário de verão como uma questão política e que deve levar em conta não apenas os efeitos em relação ao consumo de energia. “Seria melhor para a economia baiana acompanhar as regiões Sul e Sudeste. A perda econômica pode acabar sendo maior do que a economia de energia elétrica”, avalia.
Adaptação - As mudanças nos relógios irá exigir uma adaptação das empresas que possuem negócios e interagem com matrizes ou fornecedores no Centro-Sul do País. “A antecipação do expediente bancário em uma hora poderá gerar problemas na consolidação de transações financeiras. Será um incômodo para a economia baiana”, avalia o vice-presidente da Federação das Indústrias do Estado da Bahia (Fieb), Victor Ventin.
É no segmento turístico, no entanto, em que se encontram as principais resistências à exclusão da Bahia no horário de verão. Segundo o presidente do Conselho Baiano de Turismo, Sílvio Pessoa, a ampliação do tempo de luminosidade no final da tarde funcionaria como um atrativo a mais para os turistas. Ele, no entanto, ressalta que a diferença no horário em relação ao Centro Sul pode provocar a redução do fluxo de turistas no Estado.
O presidente da Associação Brasileira de Agência de Viagens na Bahia (Abav-BA), Pedro Galvão, vê como principal desconforto as diferenças entre os horários dos voos nos aeroportos e a marca dos relógios no Estado. Segundo ele, São Paulo e Minas Gerais são os dois principais estados emissores de turistas para a Bahia e ambos estarão no horário de verão. “O turista acaba ficando confuso”, argumenta.
No mundo dos negócios, no entanto, as mudanças são mais perceptíveis, já que as regiões atingidas pelo horário de verão representam cerca de 80% da economia brasileira. Por isso, as associações de classe ligadas à indústria, ao comércio e ao turismo pleiteiam, pelo segundo ano consecutivo, junto ao governo do Estado, a inclusão da Bahia no horário de verão.
Apesar de não quantificarem os prejuízos acarretados pela diferença de horário no Estado com a maior parte do País, os empresários defendem a adoção do horário de verão como forma de redução do consumo de energia. Segundo o Ministério das Minas e Energia, a adoção do horário de verão possibilitou a redução média de 4,7% na demanda por energia no horário de "pico", entre 18 e 21h em todo o País.
O ministério, no entanto, justifica a não-inclusão dos estados do Norte e Nordeste alegando que “não foi recomendada devido aos pequenos benefícios estimados nas avaliações do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS)” para estas regiões.
Avaliações - Os especialistas no setor energético têm visões distintas sobre o tema. A professora Antônia Cruz, professora do curso de engenharia elétrica da Unifacs, defende uma reavaliação dos impactos do horário de verão no Estado.
“A Bahia deixou de adotar o horário porque não havia tanta representatividade em termos de redução no consumo de energia. Mas a realidade hoje é outra, a economia baiana cresceu muito nos últimos anos”, argumenta.
Já o professor Luiz Pontes, coordenador mestrado em energia da Unifacs, vê a adoção do horário de verão como uma questão política e que deve levar em conta não apenas os efeitos em relação ao consumo de energia. “Seria melhor para a economia baiana acompanhar as regiões Sul e Sudeste. A perda econômica pode acabar sendo maior do que a economia de energia elétrica”, avalia.
Adaptação - As mudanças nos relógios irá exigir uma adaptação das empresas que possuem negócios e interagem com matrizes ou fornecedores no Centro-Sul do País. “A antecipação do expediente bancário em uma hora poderá gerar problemas na consolidação de transações financeiras. Será um incômodo para a economia baiana”, avalia o vice-presidente da Federação das Indústrias do Estado da Bahia (Fieb), Victor Ventin.
É no segmento turístico, no entanto, em que se encontram as principais resistências à exclusão da Bahia no horário de verão. Segundo o presidente do Conselho Baiano de Turismo, Sílvio Pessoa, a ampliação do tempo de luminosidade no final da tarde funcionaria como um atrativo a mais para os turistas. Ele, no entanto, ressalta que a diferença no horário em relação ao Centro Sul pode provocar a redução do fluxo de turistas no Estado.
O presidente da Associação Brasileira de Agência de Viagens na Bahia (Abav-BA), Pedro Galvão, vê como principal desconforto as diferenças entre os horários dos voos nos aeroportos e a marca dos relógios no Estado. Segundo ele, São Paulo e Minas Gerais são os dois principais estados emissores de turistas para a Bahia e ambos estarão no horário de verão. “O turista acaba ficando confuso”, argumenta.
Fonte Texto:João Pitombo/ag.atarde
Imagem:Google
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