sábado, 23 de fevereiro de 2013

Bahia: Governador troca comando na Polícia Civil




A cadeira de diretor do Departamento de Homicídios de Proteção à Pessoa (DHPP) tem novo dono. É o delegado Jorge Figueiredo Júnior, que estava à frente do Departamento de Narcóticos (Denarc).

Ele ocupa o lugar do delegado Arthur Gallas, cuja exoneração foi publicada ontem, no Diário Oficial do Estado. A saída de Gallas foi uma das mudanças feitas pelo governador Jaques Wagner no alto escalão da Polícia Civil e ocorreu dias após os rumores da saída do secretário da Segurança Pública, delegado Maurício Telles Barbosa.

No entanto, Wagner negou o desligamento de Barbosa, na segunda-feira, durante assinatura das ordens de serviço para a restauração de prédios do Corpo de Bombeiros.

Indicação

Gallas foi indicado por Barbosa para o cargo de diretor do DHPP, unidade criada há cerca de dois anos com a proposta de reduzir o número de homicídios no estado. No entanto, o número de assassinatos na capital passou de 1.299, entre janeiro e outubro de 2011, para 1.316, no mesmo período de 2012 — de acordo com o banco de dados da Polícia Civil (PC).

Procurado pelo CORREIO, o delegado Arthur Gallas disse que a sua saída foi um processo natural. “Isso foi uma mudança geral. Nada a ver com questão de aumento de homicídio. Pelo contrário: houve uma redução entre janeiro e fevereiro deste ano de 30%”, declara o delegado. De acordo com o banco de dados da PC, disponível no site da instituição, em janeiro deste ano foram 137 homicídios contra 144 no mesmo período de 2012.

Ainda segundo o delegado, houve um aumentou do número de prisões durante sua gestão à frente do DHPP. “Houve um aumento de representação de mandados de prisão e de busca e apreensão. Em alguns indicadores de 2012, de quase 600%, se comparados com 2011”, afirma.

Gallas disse que sua passagem à frente do DHPP foi proveitosa. “A gente conseguiu estruturar um departamento que não existia. Antes, os delegados investigavam os crimes da forma que entendiam. Criamos o Silc (Serviço de Investigação de Local de Crime),  que permite coletar em menor tempo informações para identificação de culpados, um trabalho em conjunto com a perícia, 24 horas por dia”.

Oxigênio

A assessoria de comunicação da PC informou apenas que as mudanças visam promover a “oxigenação” das áreas — os delegados podem levar a experiência adquirida no antigo cargo para outros setores da polícia.

A segunda mudança no alto escalão da polícia teve como protagonista a delegada Heloisa Campos, que deixou a direção do Departamento de Polícia Metropolitana (Depom)  para assumir com a Corregedoria da Polícia Civil. O Depom fica sob o comando da delegada Iracema Silva, exonerada do cargo de corregedora-chefe da Corregedoria da Polícia Civil.

A delegada Emília Margarida Blanco passou a chefia do gabinete do secretário da Segurança Pública para Gabriela Macedo, que era coordenadora da Superintendência de Inteligência. Emília passa a ser a diretora do Departamento de Crimes contra o Patrimônio (DCCP), em substituição ao delegado Cleandro Pimenta, que não teve o destino divulgado.

O delegado Edenir de Macedo Cerqueira sai do cargo de diretor do Departamento de Polícia do Interior (Depin) e assume a coordenação da Superintendência de Prevenção à Violência. O Depin fica sob a direção do delegado Moisés Damasceno, que era coordenador regional da Polícia Civil. O delegado Evy Paternostro assume a 6ª Coordenadoria de Polícia do Interior (Itabuna). Antes, ele era coordenador regional do Depin.

Fonte:CoreiodaBahia/reprodução
Fotos:reprodução/correiodaBahia

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