Foto:divulgação
Foi lançada nesta quinta (21) a pedra fundamental da
mineradora Vanádio de Maracás, empreendimento do grupo canadense Largo Resources
no município que dá nome à mineradora, no centro-sul do estado. A primeira
mineradora de vanádio das Américas emprega hoje cerca de mil trabalhadores nas
obras, sendo a maioria deles da região de Maracás, a 365 quilômetros de
Salvador.
Até o término da construção, previsto para novembro deste ano,
mais 200 vagas serão abertas, além de oito mil indiretas. A partir da
inauguração, serão 400 empregos diretos e cerca de três mil indiretos.
O diretor de RH do empreendimento, Paulo Viana, afirma que as 400 vagas que serão geradas quando a mineradora estiver em pleno funcionamento estão divididas, principalmente, entre as áreas de elétrica, mecânica e manuseamento de máquinas. “Em parceria com o Senai, vamos fazer uma qualificação de cerca de 600 pessoas, das quais vamos aproveitar 200”, diz.
O diretor de RH do empreendimento, Paulo Viana, afirma que as 400 vagas que serão geradas quando a mineradora estiver em pleno funcionamento estão divididas, principalmente, entre as áreas de elétrica, mecânica e manuseamento de máquinas. “Em parceria com o Senai, vamos fazer uma qualificação de cerca de 600 pessoas, das quais vamos aproveitar 200”, diz.
Os trabalhadores locais são priorizados na seleção, mas a busca por mão de obra se estende para outras localidades. No caso de engenheiros e geólogos, por exemplo, estão sendo contratados profissionais de fora da região, priorizando os da Bahia. “Vamos exaurir toda a mão de obra local
para depois procurar fora”, relata o diretor-executivo
do empreendimento, Kurt Menchen.
No total, o
projeto terá até R$ 555 milhões em investimentos, sendo 60% finanaciados pelo
Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e 40% de fundos
internacionais. A produção da mineradora vai gerar receitas de mais de R$ 300
milhões anuais. A capacidade inicial de processamento da mineradora será de 5,1
mil toneladas de vanádio por ano - o quilo do minério custa, em média, R$
67.
De acordo com o governador Jaques Wagner, que participou do lançamento da pedra fundamental, parte da renda gerada para o município será através da arrecadação de impostos. “Espero que vocês (da Largo Resources) façam aqui a boa prática da responsabilidade social, da parceria com o povo de Maracás, e da geração de emprego”, pontuou Wagner.
De acordo com o governador Jaques Wagner, que participou do lançamento da pedra fundamental, parte da renda gerada para o município será através da arrecadação de impostos. “Espero que vocês (da Largo Resources) façam aqui a boa prática da responsabilidade social, da parceria com o povo de Maracás, e da geração de emprego”, pontuou Wagner.
Outra fonte de receita para a cidade serão os royalties, por meio da Compensação Financeira pela Exploração de Recursos Minerais (CFEM). Esse montante será dividido entre município (63%), estado (24%) e União (13%). “O projeto é bom para a Bahia e para Maracás, dentre outros motivos, pelo ingresso de receita através dos royalties, que podem ser dirigidos para as áreas de educação e habitação”, afirmou o governador.
Minério
Segundo Menchen, a mineradora tem o melhor vanádio do mundo, com baixo custo de produção e impacto ambiental. Ainda de acordo com o diretor-executivo, quando estiver em operação, a Vanádio de Maracás representará em torno de 8% da produção mundial de vanádio, minério utilizado na fabricação de aços especiais.
Em geral, ele é misturado com ferro ou alumínio para produzir ligas metálicas de alta resistência, usadas na construção civil. O vanádio também é usado nas indústrias de petróleo e gás, em ferrovias e até na produção de foguetes e materiais cirúrgicos.
O presidente CEO da Largo, Mark Brennen, conta que 90% do minério extraído será exportado, uma vez que a produção da mineradora será quatro vezes maior do que a demanda nacional, de 1,2 mil tonelada por ano de vanádio. Entre os maiores consumidores do minério, que movimenta US$ 2,3 bilhões por ano, estão Japão, EUA, Europa e Coreia.
A mina foi descoberta em 1976 pela Companhia Baiana de Pesquisa Mineral (CBPM), mas apenas em 2006 o prospecto foi apresentado aos canadenses. O interesse dos estrangeiros foi grande, e já em 2007 o projeto começou a ser implantado.
Do minério às flores
A mina de vanádio fica no
povoado de Porto Alegre, em Maracás, município com 25 mil habitantes e conhecido
como cidade das flores, produto que movimenta a economia local. O prefeito da
cidade, Paulo dos Anjos, conta que Maracás vive o desafio de desenvolver a mina
e a agricultura em paralelo, qualificando os trabalhadores.
Segundo o
gestor, mais de 50% dos profissionais contratados para as obras são de Maracás e
das cidades próximas. “Falta mão de obra qualificada aqui, mas o compromisso da
mineradora também é dar qualificação para que quem quer entrar como ajudante de
pedreiro ou eletricista possa ficar em cargos fixos depois que as obras
terminarem”.
O agricultor de Porto Alegre Antônio Caetano Neto, 61
anos, diz que a maioria dos trabalhadores da região foi contratada pela Vanádio
de Maracás, e que a mina é positiva para a cidade. “Essa mina fazia parte do
terreno de meu tataravô, que foi vendido antes de descobrirem o minério”, conta.
Também agricultor de Porto Alegre, Francisco Meira, 71, confia que a empresa vai
ajudar Maracás. “Espero que melhore a cidade. Foi o que eles
prometeram”.
O gestor de meio ambiente da Vanádio, Carlos Lorenzo,
afirma que a agricultura local será preservada. “O povoado mais próximo está a 3
km. Não tem como haver poluição a essa distância”. Segundo ele, o minério bruto
não causa danos ao meio ambiente, mas, depois do processamento, deve ser
manuseado com equipamentos especiais. “Tomamos todas as providências
necessárias”, garante.
Fonte:CorreiodaBahia/reprodução
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