Provável candidato ao Palácio do Planalto no ano que vem, o governador de Pernambuco, Eduardo Campos, e a ex-ministra de Meio Ambiente, Marina Silva, anunciarão juntos, em Salvador, a entrega dos cargos do PSB no governo Jaques Wagner (PT) e o lançamento da pré-candidatura da senadora Lídice da Mata (PSB) a governadora em 2014. O evento, antecipado nesta quinta-feira, 31 pela coluna Direto da Fonte, ainda não tem data marcada, mas será o primeiro movimento político concreto da dupla.
Segundo dirigentes do consórcio PSB/Rede, a ideia é que o lançamento seja feito na abertura do primeiro encontro conjunto dos dois partidos na região Nordeste. A candidatura de Lídice já era ventilada pelo PSB, mas só foi sacramentada com a chegada de Marina. "Nós vamos deslocar o eixo nacional da Rede de Sustentabilidade para a Bahia", afirma Julio Rocha, coordenador da Rede no estado e ex-vice presidente do PT baiano.
O dirigente ressalva, porém, que a decisão não significa que a campanha de Lídice será de oposição a gestão de Wagner. "O PSB na Bahia tem um perfil marcadamente de esquerda. Não faremos uma festa do rompimeto, mas um ato político", diz.
O PSB foi um dos primeiros partidos a apoiar a candidatura de Wagner, em 2005, quando ele ainda era ministro das Relações Institucionais do governo Lula. Hoje, o partido de Eduardo Campos participa do governo petista na Bahia com os cargos de secretário de Turismo e presidente da Bahiatursa, a empresa que gere o setor no Estado, acumulados por Domingos Leonelli.
"Só lamento não poder entregar alguns projetos que estão previstos para ser entregues no ano que vem", disse Leonelli, que prevê para dezembro sua saída do governo. A decisão foi negociada com o governador, que reagiu bem, segundo ele. O secretário, que deve coordenar a campanha de Lídice, disse que o PSB na Bahia já conversa com o PPS e o PV para a formação de alianças.
A candidatura de Lídice será a garantia de palanque para Eduardo Campos e Marina Silva na Bahia, mas não será de oposição ao governo Wagner, ressalta o secretário. Leonelli disse que está afastada a hipótese de a senadora baiana fazer críticas ao governo do Estado durante a campanha, tal como Marina e Eduardo vêm fazendo em relação a Dilma. "O governador terá o privilégio de ter dois candidatos da base", disse.
Antes da chegada de Marina, o PSB já havia entregado seus cargos nos governos petistas do Rio Grande do Sul e Distrito Federal. No Acre e Sergipe as duas siglas devem marchar juntos.
Fonte:Pedro Venceslau e Valmar Hupsel Filho - O Estado de S. Paulo/reprodução
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