O novo Presidente Carlos Gilberto da FIEB -foto:reprodução
Duzentos e oitenta funcionários da Federação das Indústrias do Estado da Bahia (Fieb) foram notificados, nesta quinta-feira, 24, de que serão desligados da instituição. Até a próxima segunda, 28, outros 160 empregados e 50 estagiários também serão demitidos. A medida vai permitir uma redução na folha de pessoal, que em março foi de R$ 21.947.448,71, da ordem de 15,48%.
O ajuste na estrutura organizacional da instituição é a primeira medida de impacto tomada na gestão do presidente Carlos Gilberto Farias, que foi empossado no cargo há menos de um mês. Previsto para ocorrer ao longo desta semana, atingirá todas os setores das instituições que integram o Sistema Fieb, como o Sesi (Serviço Social da Indústria), o Senai (Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial) e o IEL (Instituto Euvaldo Lodi).
Em nota encaminhada à reportagem, a Fieb enumerou as justificativas para os ajustes, que preveem, além da diminuição do quadro de pessoal, a fusão e/ou redução de áreas e de projetos.
São elas: perda nas receitas de contribuição do Sesi e do Senai, que constituem a principal fonte de manutenção do sistema; o crescimento de 10% na despesa de pessoal, no comparativo 2013-2012, mantendo tendência de anos anteriores sem igual crescimento da receita corrente; e o atraso no recebimento de receitas de serviços realizados pelas instituições.
Atraso no Pronatec
A possibilidade de demissões já havia sido considerada pelo novo presidente da Fieb. Em entrevista publicada em A TARDE, no dia 6 de abril, Carlos Gilberto Farias disse que assumia o cargo com um problema: a dívida de R$ 45 milhões nos repasses do Pronatec, que ameaça parar a implantação de unidades e demitir funcionários.
O Pronatec é um programa federal, conduzido pelo Ministério da Educação, que transfere recursos às federações e/ou prefeituras para montar fábrica-escola. Mas a construção foi delegada às federações, com a promessa do governo de indenização.
Ocorre que este dinheiro tem vindo com atraso, comprometendo o caixa da instituição. No caso da Fieb, segundo informou Farias, são três meses sem haver transferências. Ou seja, cerca de
R$ 15 milhões por mês estão deixando de cair no caixa da instituição.
Fonte:atardeonline
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