Enquanto o corpo de um dos fundadores da Torcida
Uniformizada os Imbatíveis (TUI), principal organizada do Vitória,
Lucas dos Santos Lima, 35 anos, era sepultado, ontem à tarde, o puxador
da Bamor, do Bahia, prestava queixa na 1ª Delegacia (Barris). Bruno
Ribeiro Alves dos Santos chegou à delegacia por volta das 16h, mesmo
horário do enterro de Lucas, acompanhado de três advogados.
Segundo uma investigadora, Bruno disse estar
recebendo ameaças de morte por telefone e via redes sociais. Ele não
chegou a mencionar de onde partiam as ameaças, mas será ouvido amanhã
na delegacia. Ninguém da diretoria da Bamor foi encontrado para
comentar o assunto.
Do outro lado da cidade, o corpo de Lucas era
sepultado no cemitério Jardim da Saudade, em clima de comoção. Lucas,
conhecido como Chapolin, também era puxador da TUI e foi assassinado
com pelo menos quatro tiros na cabeça, na última sexta-feira, dentro da
loja de suplementos da qual era sócio, nos Barris. No cemitério,
familiares preferiram não falar com jornalistas.
Multidão acompanha cortejo com corpo de Lucas, assassinado nos Barris; até ontem, ninguém foi preso(Foto: Almiro Lopes)
|
O
presidente do Vitória, Carlos Falcão, também não deu entrevista e disse
apenas que estava no local para prestar homenagem ao torcedor. De
acordo com o diretor do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa
(DHPP), Jorge Figueiredo, ainda não há uma linha de investigação.
Lucas, conhecido como Chapolin,
era puxador da TUI (Foto: Reprodução |
“A
gente não exclui nenhuma vertente. Às vezes, a gente imagina que é uma
linha e lá na frente pode acontecer muita coisa. O que posso adiantar
é que a investigação está fluindo bem”, disse.
Ontem à
tarde, houve rumores de que dois suspeitos haviam sido presos pela
polícia, o que foi descartado por Figueiredo. Ele disse não saber da
queixa do puxador da Bamor e afirmou que, até o momento, não há
informações de que Lucas sofresse ameaças.
No cemitério, um cortejo formado por cerca de 500
pessoas, entre amigos, familiares, torcedores do Vitória e a bateria da
TUI, encerrou as homenagens a Lucas, que era puxador da organizada há
pelo menos 12 anos. Em meio a aplausos, gritos de guerra e o hino do
Vitória, o corpo do torcedor foi sepultado.
Um vizinho de Lucas, que se identificou como Luiz
Carlos, disse que os torcedores presentes eram a família do rapaz, que
não tinha filhos. “Foi uma grande perda”. O Vitória enviou um ofício à
Polícia Civil pedindo empenho na apuração da morte e deverá fazer um
minuto de silêncio antes da partida de hoje contra o Atlético
Paranaense. A Bamor emitiu uma nota de pesar.
Fonte:Redação do CorreiodaBahia/reprodução
0 comentários:
Postar um comentário