quinta-feira, 16 de outubro de 2014

Brasil: Greenpeace denuncia exportação ilegal de madeira da Amazônia para Europa


Vista de área de exploração ilegal de madeira, como parte da segunda fase do relatório "Crise silenciosa da Amazônia", no estado do Pará, em 14 outubro de 2014
Foto:AFP/reprodução
A ONG ambientalista Greenpeace denunciou que árvores da Amazônia brasileira estão sendo cortadas clandestinamente e transportadas em caminhões para serralheiras que, em seguida, tratam e exportam a madeira como se fosse produto legal para França, Bélgica, Suécia e Holanda.
Estes quatro países europeus tiveram, entre janeiro e agosto deste ano, uma relação comercial direta com três destas serralheiras, segundo investigação do Greenpeace em Santarém (norte do Pará), informou uma porta-voz da organização à AFP.
As serralheiras identificados pela ONG foram Rainbow Trading Importação e Exportação "A Rainbow Trading exporta para a França e a Odani é subcontratada da Rainbow", explicou a porta-voz do Greenpeace, Marina Lacorte.
Ltda., Comer"São pequenas áreas que demoram a aparecer e as imagens de satélite não as detectam", informou Lacorte.
 A investigação do Greenpeace - que escondeu aparelhos de GPS debaixo dos caminhões que transportam madeira para vigiar seu trajeto - revelou, ainda, "que os documentos oficiais não são nem sequer capazes de garantir a origem legal da madeira".
 Ltda., e Sabugy Madeira Ltda.Santarém concentra o principal polo da indústria madeireira do Pará, estado que produz e exporta mais madeira da Amazônia, informou o Greenpeace em comunicado enviado à AFP.
Em sobrevoo na região, feito na terça-feira em avião do Greenpeace, foi possível ver "várias clareiras e rotas abertas na selva", constatou um repórter da AFP/TV.
O Greenpeace conseguiu estabelecer "os laços de uma rede de exploração suja que destrói as áreas distantes da selva e que está ligada à violência contra comunidades locais", disse.
Em 2006, o ministério do Meio Ambiente transferiu a responsabilidade da exploração florestal aos estados, que fecham os olhos e chegam até mesmo a incentivar a atividade, avaliou Lacorte.
Segundo dadoA madeira de ipê, muito cobiçada na Europa sobretudo para construir deques de piscinas, pode chegar a custar US$ 3.200 o metro quadrado.
os do Instituto Imazon, entre agosto de 2011 e julho de 2012, 78% das regiões de atividade florestal, O Greenpeace lançou em maio a campanha "A crise silenciosa da Amazônia" e denunciou que de 20% a 40% da madeira exportada para a Europa têm origem ilegal.
 Greenpeace pediu ao governo brasileiro que revise todas as autorizações entregues desde 2006 às madeireiras e para retomar o controle da atividade. "Ao manter suas portas abertas à madeira ilegal, o mercado se torna cúmplice da destruição na Amazônia", avaliou a ONG.

Fonte:MSN notícias/reprodução


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