quarta-feira, 24 de dezembro de 2014

Mundo:Mulheres sequestradas pelo Estado Islâmico são vendidas como escravas sexuais

A Anistia Internacional divulgou uma nota oficial na terça-feira (23), na qual denuncia o grupo fundamentalista Estado Islâmico (EI) de cometer crimes de guerra e contra humanidade no Iraque, submetendo mulheres e crianças a "um tratamento particularmente brutal". A Anistia revelou ainda que a maioria das capturadas pelo EI preferem se suicidar, antes de serem transformadas em 'escravas sexuais' dos jihadistas.
Mulheres são sequestradas pelo Estado Islâmico e vendidas como escravas sexuais.
(Foto: AFP)
A comunidade yazidi, uma minoria religiosa do Iraque, afirma que pelo menos 3,5 mil mulheres e crianças ainda estão sob o domínio dos extremistas sunitas. Essa minoria, que é considerada herege pelo EI, é vítima de assassinatos, torturas, estupros e sequestros. Segunda a Anistia Internacional, os crimes cometidos pelo EI contra as minorias podem ser classificados como limpeza étnica.
Centenas de mulheres foram obrigadas a se casar com combatentes jihadistas, ou a simpatizantes do EI. "Muitas dessas escravas sexuais são meninas, garotas de 14, 15 anos, ou até mais jovens", afirma Donatella Rovera, da Anistia Internacional, que conversou com mais de 40 ex-reféns no Iraque.
Crimes cometidos pelo EI contra minorias podem ser classificados como limpeza étnica.(Foto: Mohammed Sawaf/AFP)
Uma delas, Jilan, uma jovem de 19 anos, suicidou-se por medo de ser violentada, segundo relato do irmão da jovem coletado pela ONG. "Um dia, eles nos deram roupas que pareciam vestidos de dança e nos disseram que devíamos nos lavar antes de nos vestirmos. Jilan se matou no banho", contou uma das meninas sequestradas junto com ela. "Cortou os pulsos e se enforcou. Era muito bonita. Acho que ela sabia que um homem ia levá-la e se matou por isso", acrescentou a jovem.
A comunidade internacional tem repetidamente acusado o Estado Islâmico de crimes de guerra e contra a humanidade, desde que, em junho, o grupo armado fundamentalista começou a controlar vastas zonas do Iraque e da Síria, onde diz pretender instaurar um "califado islâmico".
Fonte:Correio

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