sexta-feira, 6 de maio de 2016

Possível governo Temer: "Geddel não é a melhor recomendação" diz Senador gaúcho

A chance de Geddel Vieira Lima assumir a secretaria de governo e comandar a articulação política em eventual administração do vice-presidente Michel Temer (PMDB) não tem sido vista com bons olhos por alguns parlamentares que defendem o impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT), a exemplo do senador Lasier Martins (PDT-RS).
 
Em entrevista nesta quinta-feira (5) ao programa Se Liga Bocão, na Itapoan FM, ele afirmou que vai contrariar a orientação do partido e votará pela aprovação do processo de admissibilidade da denúncia do impeachment da petista, mas criticou a cúpula que cerca Temer na montagem da nova gestão. 
 
“Temer está trazendo a mesma gente que estava no governo Lula, no governo Dilma. As mesmas figurinhas carimbadas. Está me preocupando muito, chego a me assustar com o comando ao redor do Temer. Inclusive tem uma figurinha aí da Bahia, o Geddel, que não é a melhor recomendação”, suspeitou.
 
Na conversa ele listou as razões pelas quais julgará o caso. “Voto a favor do impeachment pelo desmoronamento ético e político desse governo, pela ruína da Petrobras e pelas relações promíscuas com uma dúzia de empreiteiros. A presidente não tem mais condições de governabilidade. Concordo com a ocorrência do crime de responsabilidade fiscal. Temer não é o presidente dos nossos sonhos, mas é o está previsto na Constituição”.
 
O senador Lasier disse que não teme o risco de ser expulso da sigla após a votação no Senado. “A legislação me favorece quando diz que, pela doutrina vigente, em caso de impeachment os senadores atuam como juízes e têm a capacidade e liberdade de votar por seus valores, seus princípios. Vou votar com minha consciência tranquila”, afirmou, ao acrescentar que “obedecerá serenamente” a decisão que o partido tomar.
 
Martins disse ainda que só assinou o requerimento da PEC para antecipação de novas eleições “por solidariedade e companheirismo” aos colegas que propunham a medida, mas sentenciou que “o PMDB já está com a mão na taça” e trabalhará para barrar a matéria.
 
“Minha torcida é que o Supremo Tribunal Eleitoral (STE) coloque em pauta as questões que cobram a chapa completa com Dilma e Temer, e assim anunciar novas eleições”, declarou.

Fonte:BocãoNews

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