quarta-feira, 13 de fevereiro de 2019

Governo Bolsonaro: General é nomeado por Moro para comandar a Força Nacional


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foto:reprodução
“Não houve ditadura militar no Brasil”. A afirmação já seria grave, não fosse dita pelo atual responsável pela política de segurança pública no Brasil, o titular da Secretaria Nacional da Segurança Pública, ligada ao Ministério da Justiça, Guilherme Theóphilo. A pasta representa a mais alta instituição do governo de Jair Bolsonaro relacionada ao tema da segurança.
Com 45 anos no Exército, o general de quatro estrelas foi comandante militar da Amazônia, comandante de logística e atuou na missão de paz no Haiti. Passou para a reserva em 2018 e se filiou ao PSDB para disputar as eleições ao governo do Ceará. Depois de perder a eleição ainda no primeiro turno com pouco mais de 11% dos votos, se desfiliou do partido.
Em entrevista ao jornal cearense O Povo em 20 de agosto de 2018, o então candidato tucano ao governo do Ceará negou que o que ocorreu em 1964 tenha sido um golpe militar.
“Primeiro, não é golpe, chama-se contragolpe democrático de 64. Estava à beira de ter um golpe através do senhor João Goulart, que levaria o nosso país ao socialismo. Esse era o golpe que ia ser dado. Estava tudo caminhando para isso, o Che Guevara tinha recebido uma medalha de honra que poucos recebem, a Ordem do Rio Branco… Então um herói cearense, chamado Marechal Humberto de Alencar Castelo Branco, liderou um contragolpe democrático que levou o país a corrigir toda essa estrutura comunista que estava sendo implantada”.
Na entrevista, Theóphilo coloca em dúvida o trabalho da Comissão Nacional da Verdade (CNV) e legitima a instauração de um regime de exceção no Brasil, como forma de devolver a suposta ordem ao país: “O Brasil precisava de um regime de exceção. Não é ditadura. Não houve ditadura no Brasil. Um regime de exceção é um regime forte”. (...)
(...) Em 2014, a CNV emitiu seu relatório final e confirmou a ocorrência de violações de direitos humanos no período de 1946 a 1988. Ao todo foram identificadas 434 vítimas diretas da ditadura, entre mortos e desaparecidos.
Atribuições
Embora a Segurança Pública seja uma atribuição dos governos estaduais, a Secretaria Nacional é responsável por coordenar a política nacional de segurança e definir padrões de operação para as polícias. O órgão também é responsável pela Força Nacional.
Segundo o portal do Ministério da Justiça, comandado pelo ex-juiz de primeira instância, Sérgio Moro, entre as atribuições da secretaria estão "assessorar o Ministro de Estado na definição, implementação e acompanhamento da Política Nacional de Segurança Pública, planejar, acompanhar e avaliar a implementação de programas do Governo Federal para a área de segurança pública; elaborar propostas de legislação e regulamentação em assuntos de segurança pública; promover a integração dos órgãos de segurança pública, exercer as funções de Ouvidor-Geral das Polícias Federais; promover e coordenar as reuniões do Conselho Nacional de Segurança Pública e coordenar as atividades da Força Nacional de Segurança Pública”, entre outras. (...)
fonte:Conversa afiada/reprodução 13/02/19 -14:30min.

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