Uma comitiva acompanhou nesta segunda-feira (10) a visita da ministra Damares Alves à cidade de Cachoeira, para prestar apoio às investigações contra as ameaças sofridas pela prefeita da cidade, Eliana Gonzaga, e cobra a elucidação de homicídios que ocorreram no município.
De acordo com a juíza Renata Gil, do Rio de Janeiro, a Associação dos Magistrados do Brasil está acompanhando os desdobramentos da investigação. “O pode judiciário da Bahia já está acionado e tudo comunicado também ao Tribunal Superior Eleitoral em razão da conotação política do caso. Nós viemos empenhar o apoio da magistratura à elucidação e o fortalecimento da democracia, já que os juízes brasileiros são responsáveis por todo o processo eleitoral do país”, afirmou.
Ela ressaltou que mesmo diante das ameaças de morte após a eleição, a prefeitura deve seguir adiante e não ceder à pressão para renunciar ao cargo.
“Nós não admitiremos nem impunidade e nem constrangimento no exercício do mandato. O recado hoje é apuração do fato, desaparecimento do sentimento de impunidade, segurança pra o exercício do mandato eletivo. Isso repercutiu em todo o Brasil. A matéria ainda está sigilosa, a gente está em apuração e tudo será divulgado pelas autoridades que estão acompanhando o caso”, destacou.
Visibilidade
A deputada federal Celina Leão, coordenadora da bancada feminina da Câmara Federal, declarou que o objetivo da comitiva nesse momento é trazer mais visibilidade às investigações. Ela considera o que está acontecendo em Cachoeira algo gravíssimo.
Foto: Ed Santos/ Acorda Cidade
“A situação aqui é gravíssima, a bancada se faz presente e cobrando providências das autoridades. Cobrando justiça pelos crimes que já foram cometidos e dando visibilidade pra que uma mulher possa exercer seu mandato democraticamente, com segurança, tranquilidade, e a garantia que lhe é dada. A Câmara Federal está representada aqui por duas deputadas e alguns deputados, e estamos acompanhando esse caso de perto. Nesse primeiro momento o papel da Câmara Federal é dar visibilidade, porque eles não estão brigando somente com a prefeita, estão brigando contra um ministério, a secretaria das mulheres, contra os poderes constituídos que estão presentes.”
Segundo Celina Leão, a secretaria pediu providências também ao Ministério Público Federal e à Associação dos Magistrados, através da doutora Renata Gil, para fazer Justiça e punir os culpados.
“Eu acredito que uma mesa como essa representada aqui, eles entendem que é um recado que está sendo dado. São muitos os casos pelo Brasil, e a Secretaria da Mulher da Câmara Federal está mapeando e vamos cobrar providências pra que isso não aconteça mais no Brasil.”
Fonte: Repórter Ed Santos do Acorda Cidade em 11/05/2021
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