terça-feira, 11 de maio de 2021

EUA: Cientistas desenvolvem “vacina universal” contra coronavírus

 

Imunizante protegeria contra atuais e futuros betacoronavírus, vírus responsável por covid-19, Mers (Síndrome Respiratória do Oriente Médio) e Sars (Síndrome Respiratória Aguda Grave)© Ali Raza/Pixabay Imunizante protegeria contra atuais e futuros betacoronavírus, vírus responsável por covid-19, Mers (Síndrome Respiratória do Oriente Médio) e Sars (Síndrome Respiratória Aguda Grave)


Pesquisa feita por cientistas da Duke University, nos Estados Unidos, mostra que o desenvolvimento de uma “vacina universal” contra o coronavírus está próximo. O imunizante protegeria contra atuais e futuros betacoronavírus. Uma linhagem do vírus, Sars-CoV-2, foi responsável pelo surgimento da covid-19.

Os resultados, ainda preliminares, foram publicados nessa 2ª feira (10.mai.2021) na plataforma on-line da revista científica Nature. Eis a íntegra (20 MB).

Além da covid-19, os betacoronavírus causaram outras epidemias, como as da Mers (Síndrome Respiratória do Oriente Médio) e Sars (Síndrome Respiratória Aguda Grave).

Os pesquisadores se concentraram em desenvolver um imunizante que bloqueie a ligação da chamada proteína Spike com o receptor ACE2.

Essa ligação, responsável por permitir que o vírus ataque o sistema imunológico, é comum a todos os betacoronavírus. Por isso, a comunidade científica acredita que futuras linhagens do vírus também dependerão dessa conexão para atacar o sistema imunológico.

No trabalho da Universidade Duke, liderado por Kevin Saunders, grupos de macacos foram vacinados com dois tipos de vacina.

Uma continha nanopartículas que levam partes da proteína Spike. A outra usou a mesma tecnologia dos imunizantes anticovid desenvolvidos pela Pfizer/BioNTech e Moderna: o mRNA (RNA mensageiro).

Os pesquisadores, então, inocularam os coronavírus da Mers, da Sars e da covid-19 (variantes brasileira, sul-africana e chinesa). Os grupos vacinados foram comparados a outros, de animais infectados e não vacinados.

Ambas as vacinas foram eficientes ao bloquear a ligação da proteína Spike com o receptor, mostrando que são eficazes na proteção contra infecções causadas pelos betacoronavírus.

Os resultados mostram que o imunizante de nanopartículas se saiu melhor. Mas os cientistas ressaltaram que a vacina de mRNA também neutralizou a ação dos vírus e pode ser importante para “fornecer uma plataforma para o desenvolvimento de vacinas” universais.

O imunizante ainda precisa passar por duas etapas antes de chegar ao mercado: aplicação em pequenos grupos de humanos e testes em larga escala.

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