terça-feira, 6 de dezembro de 2022

Faroeste: Provas liberadas implicam desembargadora em investigação do TCE

 

                                            foto:reprodução

As provas colhidas na Operação Faroeste e encaminhadas ao Tribunal de Contas do Estado (TCE) confirmam a existência de irregularidades em um contrato firmado em 2017 pela então presidente do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ), a desembargadora afastada Maria do Socorro Barreto Santiago, com duas empresas ligadas ao falso cônsul Adailton Maturino, tido como mentor do esquema de grilagem e venda de sentenças. O material reforça os indícios de que a magistrada revogou de forma ilegal uma concorrência do TJ para beneficiar, por meio de dispensa de licitação realizada indevidamente, a Plural Service e a Radar Tecnologia. Ambas eram operadas por familiares ou laranjas de Maturino e usadas para lavar dinheiro do esquema.

Linha direta

Segundo apurou a Satélite, os documentos da Faroeste - o que inclui diálogos interceptados e quebras de sigilo - implicam diretamente a desembargadora em supostas fraudes no contrato do TJ com empresas controladas pelo falso cônsul, sob investigação do TCE.

Barrados no baile

Os advogados de Maria do Socorro tentaram impedir o acesso do TCE às provas reunidas pela operação, através de recurso contra a decisão do relator da Faroeste no Superior Tribunal de Justiça (STJ), ministro Og Fernandes, que autorizou o compartilhamento do conteúdo. No entanto, a Corte Especial do STJ rejeitou o pedido por unanimidade, em julgamento realizado no último dia 23.


Fonte:Coluna Satélite/Jairo Costa Júnior/Correio da Bahia - 06/12/2022

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