A defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) informou à Polícia Federal que as joias serão devolvidas ao Tribunal de Contas da União (TCU) se solicitado. A informação é da jornalista Júlia Duailibi, da GloboNews.
Bolsonaro incorporou as joias doadas pelo governo da Arábia Saudita em seu acervo pessoal. O estojo com relógios, peças para paletós e outros artigos masculinos tem valor estimado em R$ 400 mil.
O primeiro estojo, que seria destinado a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, está apreendido na sede da Receita Federal no Aeroporto de Guarulhos. Jair Bolsonaro chegou a se movimentar para reaver as joias, mas não obteve sucesso.
À CNN Brasil, Bolsonaro admitiu que incorporou as joias em seu acervo pessoal, mas negou ter cometido ilegalidade. Para o ex-presidente, as peças são de ordem personalíssima, que atende os requisitos do TCU para a incorporação de presentes de chefes de Estado.
Jair Bolsonaro ainda negou ter conhecimento sobre o primeiro estojo de joias. Entretanto, a Polícia Federal investiga a interferência do ex-presidente para conseguir a liberação dos bens junto à Receita Federal. Um dos suspeitos de liberar ilegalmente os bens é Júlio César Vieira Gomes, ex-chefe do Fisco, que foi nomeado por Bolsonaro para um cargo em Paris, na França, no seu último dia de mandato.
O iG tenta contado com a defesa de Bolsonaro para confirmar quando as joias serão devolvidas e como será feito o processo, já que o ex-presidente está nos Estados Unidos. Até o momento, a reportagem não obteve retorno.
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