Moraes ganha da Folha o carimbo de 'o grande censor' (Foto: Nelson Jr./SCO/STF )
247 - Responsável pelo inquérito que apura a trama golpista relacionada aos atos de 8 de janeiro, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes foi ovacionado durante evento realizado no Palácio do Planalto, em homenagem aos dois anos da invasão às sedes dos Três Poderes. Segundo a coluna do jornalista Ricardo Bruno, da Agenda do Poder, ao ser anunciado, Moraes foi calorosamente aplaudido pelos presentes, em uma cerimônia restrita, com a presença de figuras proeminentes da política fluminense, como a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, e os deputados Benedita da Silva, Lindbergh Farias, Reimont e Tarcísio Motta. Contudo, as ausências mais notáveis foram as dos presidentes da Câmara e do Senado, Arthur Lira (PP-AL) e Rodrigo Pacheco (PSD-MG).
O evento também foi marcado por um discurso da primeira-dama Janja da Silva, que, mais cedo, em outra cerimônia no Palácio do Planalto, expressou seu pesar pela "vitimização" do Palácio do Planalto, atacado e vandalizado por militantes da extrema direita e apoiadores de Jair Bolsonaro (PL). Janja destacou que, apesar dos ataques golpistas, o governo tem respondido com "união, solidariedade e amor". Ela ressaltou que, além de preservar a democracia, o governo tem se empenhado na restauração e preservação do patrimônio cultural do país, com destaque para a recuperação de 21 obras de arte danificadas durante os atos de janeiro de 2023.
Em seu pronunciamento, Janja disse que o Palácio do Planalto e suas obras representam "o legado do povo brasileiro" e devem ser protegidos como patrimônio coletivo, independentemente de divergências políticas. "Somos brasileiros e brasileiras e devemos exaltar o que construímos juntos. O que temos é um legado que devemos proteger, cuidar e passar adiante para que as próximas gerações se inspirem nas conquistas do nosso povo", afirmou.
A primeira-dama também enfatizou a importância da memória coletiva, chamando atenção para a necessidade de preservar os eventos de 8 de janeiro como um lembrete constante da necessidade de proteger a democracia. "Memória é o antídoto contra as tentações autoritárias", declarou, reforçando o papel crucial da arte e da cultura na resistência a regimes opressores. Ela ainda mencionou a atriz Fernanda Torres, premiada recentemente com o Globo de Ouro de Melhor Atriz de Drama, como um exemplo de resistência cultural. Torres interpretou Eunice Paiva no filme Ainda Estou Aqui, que retrata a história de uma mulher marcada pela dor da ditadura militar.
Ao concluir seu discurso, Janja reiterou: "Democracia sempre, cultura sempre", deixando claro que a luta contra o autoritarismo deve ser contínua, refletindo o compromisso do governo com a preservação tanto da democracia quanto do patrimônio cultural do Brasil.
FONTE: BRASIL 247 -08/01/2024
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