Em ofício encaminhado ao Tribunal de Contas do Estado (TCE), o governador Jaques Wagner colocou sob suspeição o trabalho do conselheiro Pedro Lino, apontando "distorções" no relatório simplificado relativo ao exercício de 2008, no qual o conselheiro, que foi o relator do processo, reprovou as contas do governo petista. Na sua defesa, Lino acusa o governador de praticar "censura" e "intimidação". No documento, Wagner afirma que Lino efetuou uma "mudança de enfoque" na análise das contas, com linguagem a fim de "influenciar o entendimento do leitor", através de "informações distorcidas" e "dados divergentes". O ofício foi entregue pessoalmente, na terça-feira, pela secretária da Casa Civil, Eva Chiavon, ao presidente do TCE, Manoel Castro, que afirmou nunca ter visto um governador adotar esse procedimento. O episódio acontece cinco meses depois de Lino defender a desaprovação – voto não acatado pelos seus pares do tribunal, que, no pleno, aprovaram com ressalvas as contas do governo estadual. Além disso, a reação do governo vem à tona no momento em que as contas de 2008, segundo os prazos regimentais, já podem ser apreciadas pelas comissões de Finanças e Justiça da Assembleia Legislativa, para depois seguir ao Plenário. As informações são do jornal A Tarde.
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