Artigo: Inqueitações de um Eleitor

Faltando pouco mais de 30 dias para a eleição do dia 03 de outubro de 2010, o que presenciamos principalmente após o início do horário eleitoral gratuito é uma acirrada disputa dos diversos candidatos ao Executivo e Legislativo para monstrarem ao eleitor que tem o apoio do Presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva, que a cada pesquisa bate recorde de popularidade.

Percebe-se claramente que o atual governo e a coordenação da campanha da candidata do PT a Presidência da República Dilma Rousseff, conseguiram colocar na pauta principal do debate, a avaliação do governo Lula e o carisma do Presidente perante a opinião pública. Em outro artigo pontuava, que essa eleição não era para aferir o governo FHC x LULA, pois compreende-se que ambos tiveram acertos que foram fundamentais para a posição que o país ocupa hoje, como também tiveram graves erros, sobretudo na condução de reformas prometidas e não realizadas, nesses quase 16 anos, como a reforma tributária e politica.

Entende-se que é preciso a partir de 2011, independentemente de quem seja eleito ao Palácio do Planalto, que questões essenciais precisarão ser pontuadas,discutidas sobre todos os aspectos com celeridade, pois os mais de cinco mil municípios, não pode continuar refém da União e dos Estados que centralizam recursos, penalizando a classe menos favorecida da população que está inserida nesses municípios, só como exemplo, por isso que uma reforma tributária ampla terá de ser feita, pois como o governo FHC ficou refém do antigo PFL comandado pelo então Senador ACM,o governo petista, não teve como governar sem os chamados partidos “aliados”, tendo como carro chefe o PMDB de Jader Barbalho,Geddel Vieira,José Sarney, ao ponto do Presidente Lula ser forçado a aceitar o Deputado e presidente nacional do partido, Michel Temer como vice na chapa da sua candidata, que na verdade, desde a era Sarney o PMDB “não larga o osso”.

E, diante do que apontam as pesquisas eleitorais sobre a possibilidade de vitória já no primeiro turno da candidata do PT, onde nesta última semana de agosto, tanto Dilma como Michel Temer negaram através da midia que estivessem negociando cargos no próximo governo. Aliás, na era Lula, a máquina federal ficou mais inchada, uma vez que a “companheirada” saiu da militância sindical e tomaram gosto pelos gabinetes do poder. E, por falar em militância, perceberam o silêncio das centrais sindicais, ainda existem? As reivindicações do MST foram todas atendidas? Pois há tempos que não se vê os seus líderes na midia, será uma estratégia para não atrapalhar a candidatura Dilma?

Assim sendo, cabe a cada eleitor a tranquilidade necessária para verificar o que está posto neste cenário, pois está mais do que comprovado, que sem as reformas necessárias ao país, continuaremos sendo massa de manobra nas mãos da classe politica e da grande imprensa Brasileira.