Os bancários mantiveram a decisão de começar greve por tempo indeterminado a partir da próxima quinta-feira (19), caso os bancos não melhorem a proposta de reajuste salarial de 6,1% apresentada por meio da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban). Acionada pela Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), que diz representar 95% dos 490 mil bancários do país, a categoria se mobiliza para novas assembleias na quarta-feira (18), disposta a referendar a paralisação no dia seguinte. Em especial, porque consideram a proposta da Fenaban “uma provocação”, segundo Carlos Cordeiro, que preside a entidade. Cordeiro, que também coordena o Comando Nacional dos Bancários, disse que a oferta dos bancos apenas repõe a inflação dos últimos 12 meses, e fica longe dos 11,93% solicitados pela categoria. Segundo informações da Contraf-CUT, o indicativo de greve foi aprovado pelos bancários de mais de 60 municípios e regiões, após se reunirem em assembleia na noite de ontem e rejeitarem a proposta da Fenaban. Em vista disso, o Comando Nacional dos Bancários convocou a categoria para a greve geral, uma vez que a proposta da Fenaban nega aumento real e “ignora” as reivindicações dos bancários sobre emprego, participação nos lucros e resultados (PLR), saúde e condições de trabalho, segurança e igualdade de oportunidades, de acordo com Carlos Cordeiro.
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