Nove pessoas morreram na noite desta
quarta-feira (17) após um tiroteio na Igreja Metodista Episcopal
Africana Emanuel, no centro da cidade de Charleston, na Carolina do Sul
(EUA), segundo informações das autoridades locais. O atentado aconteceu
por volta das 21h (horário local). Entre as vítimas está o senador
estadual Clementa Pinckney, que também era o pastor do tempo.
Centro de Charleston ficou parado após tiroteio que vitimou nove pessoas(Foto: Reprodução)
|
De
acordo com as forças de segurança, oito pessoas morreram dentro da
igreja e duas vítimas foram transportadas para o hospital, onde uma
delas não resistiu aos ferimentos e morreu. A polícia de Charleston
ainda está a procura do criminoso, que seria branco e teria cerca de 20
anos de idade.
A polícia americana suspeita que o tiroteio na
igreja tenha tido cunho racista. O local era frequentado por uma
comunidade majoritariamente negra. “Acredito que se tratou de um crime
de ódio”, disse o chefe da polícia de Charleston, Gregory Mullen.
Senador e pastor da igreja morreu durante ataque(Foto: Reprodução/Wikipedia)
|
Em
resposta ao atentado, a governadora da Carolina do Sul, Nikki Haley,
disse que “embora não saibamos dos detalhes do crime, nós sabemos que
nunca vamos entender o que motiva uma pessoa a entrar em nossos locais
de culto e tirar a vida dos outros”.
Vítimas
Seis mulheres e três homens morreram no ataque. Entre eles estão o senador Clementa Pinckney, pastor da igreja, e a sua irmã.
O suspeito seria um jovem branco, de aproximadamente
21 anos. Ele teria o porte atlético e estaria vestindo um moleton
cinza, calça jeans e botas no momento do ataque.
Câmeras de segurança revelaram que o rapaz foi visto
saindo da igreja em um carro preto de quatro portas. Além do
Departamento de Polícia de Charleston, o FBI também participa das
investigações. As autoridades ainda não divulgaram mais informações
sobre as vítimas, nem revelaram quantas pessoas estavam na igreja no
momento do tiroteio.
Polícia divulga imagem de suspeito de atirar em igreja em Charleston(Foto: Divulgação)
|
Em
um comunicado, o presidente da Associação Nacional para o Progresso de
Pessoas de Cor (NAACP), Cornell William Brook, disse: "Não há maior
covarde do que um criminoso que entra em uma casa de Deus e mata pessoas
inocentes envolvidas em estudos bíblicos."
Tensões raciais
O atentado é mais um ato que marca as tensões entre as comunidades negra e branca nos Estados Unidos. Nos últimos meses, jovens negros se tornaram vítimas de crimes aparentemente motivados pelo racismo - entre eles muito homicídios cometidos por policias brancos contra homens negros desarmados. O estopim foi o caso de Ferguson, em 2014, que motivou uma onda de protestos.
Fonte:Agências internacionais e Correio da Bahia
0 comentários:
Postar um comentário