Foto: Roberto Stuckert Filho/ PR/reprodução
A presidente Dilma Rousseff fez nesta quinta-feira (19) um discurso
em defesa da política de cotas para negros e disse que é preciso
privilegiar aqueles que permaneceram por séculos apartados. "A lei de
cotas faz parte de um processo que não pode parar", afirmou, durante
cerimônia comemorativa pelo Dia Nacional da Consciência Negra, que é
celebrado nesta Sexta-feira (20) no Palácio do Planalto. "Sem ações
demoraríamos ainda mais para chegar ao estágio atual e começar a reduzir
fosso secular entre brancos e negros no Brasil", ponderou. Na
cerimônia, a presidente entregou títulos de posse e cessão de uso de
terras para comunidades quilombolas. Segundo o governo, as medidas
beneficiam 2.457 famílias.
Dilma afirmou que no Brasil a pobreza sempre
teve uma cor predominante: "a cor negra". "Por isso os impactos
positivos do Bolsa Família, do Minha Casa, Minha Vida são maiores nas
populações negras". Segundo ela, é preciso enfrentar a exclusão racial
"que historicamente marcou nosso país" para reparar injustiças cometidas
contra a comunidade negra e tentar pagar a "imensa dívida social" que o
Brasil tem com os negros. "Sabemos que por conta de anos a fio, de
centenas de anos, que nós tivemos de escravidão em nosso país, temos que
olhar e ter a consciência que é necessário privilegiar aqueles que
permaneceram por séculos apartados e até desconsiderados na divisão da
riqueza".
Fonte: Estadão c/adaptações
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