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Informe divulgado neste fim de semana pela Organização Panamericana de
Saúde (Opas), braço regional da Organização Mundial da Saúde (OMS),
destaca o crescimento da febre amarela no Brasil, alerta para o risco de
o surto no País se expandir e admite que há limitação de vacinas para
proteger toda a população.
No documento, a Opas afirma que a América Latina registra desde 2016 o
maior número de casos da doença em décadas. Segundo a organização,
entre janeiro de 2016 e dezembro de 2017, sete países das Américas
registraram casos: Bolívia, Brasil, Colômbia, Equador, Guiana Francesa,
Peru e Suriname. "O número de casos humanos registrado nesse período nas
Américas é o maior alto observado em décadas", diz o informe, sem
detalhar. "O aumento observado tem relação com um ecossistema favorável à
disseminação do vírus, assim como uma população não imunizada."
Mas, desde 13 de dezembro de 2017, apenas o Brasil registrou novos
casos na região. De acordo com a Opas, foram confirmados 777 casos de
febre amarela entre o segundo semestre de 2016 e junho de 2017, com 261
mortes. Depois disso, porém, o País viveu uma fase de baixa transmissão.
O que surpreendeu a entidade foi que, entre julho de 2017 e a
primeira semana de 2018, um total de 2.296 casos suspeitos entre animais
foram observados no País, sendo que 358 foram confirmados. O Estado de
São Paulo registrou o maior número (322); Minas teve 32 e o Rio, apenas
3.
"A ocorrência de epizoóticos (casos entre animais) confirmados em
Minas Gerais e São Paulo nas mesmas áreas afetadas pelo surto de 2016 e
2017 sugere a persistência do risco de ocorrência de casos humanos",
alertou a Opas.
De acordo com a entidade, casos foram registrados em "locais que eram
considerados anteriormente como sendo de baixo risco de febre amarela".
Também chamou a atenção a ocorrência da doença no Estado de São Paulo,
"inclusive durante meses com baixas temperaturas e condições climáticas
não favoráveis à transmissão".
A Opas ainda faz uma advertência regional, diante do quadro
brasileiro, seguido pelo aparecimento da doença na Argentina e no
Paraguai: "É necessário monitorar de perto a situação da febre amarela
no Sul e Sudeste do Brasil".
O documento da agência também retrata a situação da vacinação na
região. "Diante da limitação na disponibilidade de vacinas e com o
objetivo de promover seu uso racional", é recomendação é para que pelo
menos 95% da população residente seja vacinada. No entanto, "países que
não estejam experimentando surtos não devem conduzir campanhas de
imunização".
fonte:DIÁRIO DO PODER
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