foto:reprodução
O empresário de 46 anos que foi dopado e mantido em cativeiro em um quarto de hotel em Taguatinga (DF) morreu por volta das 22h dessa quinta-feira (7/11), em uma clínica de reabilitação de Planaltina (DF). Ele havia sido resgatado três dias antes, ainda atordoado, mas sem ferimentos.
A vítima (foto em destaque) havia contraído uma dívida de R$ 30 mil em uma boca de fumo controlada pelos criminosos que a sequestraram. Agora, a Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) espera o resultado de laudos do Instituto de Medicinal Legal (IML) para confirmar se a morte do empresário está ligada ao fato de ele ter sido severamente dopado por mais de uma semana.
Caso se confirme essa hipótese, os sequestradores podem ter a pena duplicada pelo crime hediondo, e o tempo de prisão pode chegar a 30 anos, segundo a PCDF. Os investigados também devem responder por extorsão mediante sequestro, tráfico de drogas e associação para o tráfico de entorpecentes.
O empresário contou que chegou a receber drogas antes de ficar trancado no quarto, ser dopado constantemente com Clonazepam e sofrer agressões dos criminosos desde 28 de novembro.
Além disso, disse ter sido levado a um cartório em Samambaia (DF), para assinar uma procuração de transferência do veículo, sob ameaça de que só seria liberado após a assinatura ou o pagamento de R$ 30 mil.
Durante a operação, os policiais apreenderam facas, celulares e drogas, como crack. Os três sequestradores foram presos em flagrante e reconhecidos pelo empresário como os responsáveis pela extorsão.
O caso começou a ser apurado quando uma mulher registrou ocorrência na 38ª Delegacia de Polícia (Vicente Pires) após ter o carro supostamente furtado. A vítima suspeitava que o crime tivesse sido cometido pelo ex-companheiro, um empresário dependente químico. Ele teria a chave reserva do veículo e, assim, poderia ter se apossado do automóvel.
No entanto, a dona do carro começou a receber ameaças de desconhecidos por meio de ligações. Os criminosos diziam estar com o veículo e com o empresário em cativeiro, após ele entregar o automóvel como forma de pagamento na boca de fumo.
Com a intensificação das ameaças, os sequestradores exigiram que a denunciante transferisse a posse do carro ou pagasse R$ 30 mil, pois a vida do ex-companheiro dela estaria em risco caso a dívida de drogas não fosse quitada.
Veja imagens do veículo:
Cativeiro estourado
Desesperada, a vítima voltou à delegacia, o que levou os policiais a adotarem medidas imediatas. Um dos criminosos enviou uma localização à vítima, que fingiu concordar em pagar a dívida deixada pelo empresário.
Os policiais foram ao local indicado, um hotel na CSC 8 de Taguatinga Sul – área conhecida como ponto de tráfico de drogas –, onde encontraram o veículo com os traficantes e a vítima visivelmente sob efeito de medicamentos.
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