sexta-feira, 23 de maio de 2025

Economia: Ministro Haddad sobre recuo no IOF: “Não temos problema em corrigir a rota”

                                                                Foto: KEBEC NOGUEIRA/METRÓPOLES @kebecfotografo

 O ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), afirmou nesta sexta-feira (23/5) que o governo ouviu as ponderações de agentes do mercado ao decidir pela revogação de parte das mudanças anunciadas no Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), uma das medidas informadas na véspera pela equipe econômica.

Em um pronunciamento e entrevista coletiva nesta manhã, no escritório do Ministério da Fazenda em São Paulo, antes da abertura do mercado, Haddad disse que se trata de uma mudança pontual que não tem grande impacto sobre os anúncios feitos no dia anterior.

“Nós recebemos, depois do anúncio, uma série de subsídios de pessoas que operam nos mercados salientando que aquilo poderia acarretar algum tipo de problema e passar uma mensagem que não era a desejada pelo Ministério da Fazenda”, afirmou Haddad.

“Nós entendemos que a revisão era justa, correta, mandamos a redação para a Casa Civil. O decreto já está publicado no Diário Oficial em edição extraordinária nesta manhã”, prosseguiu o chefe da equipe econômica.

Segundo Haddad, “o conjunto de medidas é em torno de R$ 50 bilhões para fechar o ano com tranquilidade”. “É uma medida dura, mas na direção correta. Esse item [IOF] é muito residual desse conjunto de medidas e nós entendemos que valia a pena fazer uma revisão desse item, para evitar especulações sobre o intuito da Fazenda”, explicou.

No pronunciamento, Haddad assegurou que o diálogo do governo com o mercado “tem sido constante”.

“Não temos nenhum problema em corrigir a rota desde que o rumo traçado pelo governo seja mantido, de reforçar o arcabouço fiscal. Vamos continuar abertos ao diálogo sem nenhum tipo de problema e contamos com a colaboração dos nossos parceiros”, disse o ministro.

“Está tudo mantido, mas esse item foi revisto. Vai fazer bem revê-lo antes mesmo da abertura do mercado, para evitar boataria em torno de objetivos que o governo não tem e evitar passar uma mensagem equivocada. Foram pertinentes os apontamentos feltros e nós fizemos uma revisão no decreto”, concluiu Haddad.

Fonte: METRÓPOLES - 23/05/2025

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