domingo, 10 de março de 2013

Confira os principais indicadores sócio-econômicos da era Chávez na Venezuela

A semana que passou, sem sombra de dúvidas, o assunto principal  dos notíciários pelo mundo foi a morte  do presidente Venezuelano Hugo Chávez. No Brasil, as principais revistas semanais  enviaram correspondentes especiais a Venezuela para acompanhar  o velório e os principais fatos após a morte do líder Venezuelano. Escolhir dois trechos da reportagem da revista  Isto é que traz como manchete " Por que a Venezuela chora por Chávez" para refletimos nas publicações  pela imprensa Brasileira.  Confira abaixo:


"Na Venezuela, as aulas foram suspensas e havia luto por todo o lugar. A vida, de certa forma, parou. “Se Chávez morreu, deveríamos todos morrer juntos”, estava escrito em um cartaz carregado por um venezuelano que acompanhava, na quarta-feira 6, o cortejo fúnebre. “Chávez é nosso pai amado, nosso mártir, nosso Deus”, lia-se em outro pôster. “Chávez, minha alma partiu com a sua”, dizia um terceiro. Messias dos oprimidos ou o próprio demônio em pessoa? Revolucionário ou ditador? Maluco ou o último anti-imperialista do planeta? Dinossauro da política ou socialista do século 21? Palhaço ou gênio? Mostro ou santo? Por mais que Chávez desperte ódios e paixões, a verdade indestrutível é que o povo venezuelano chorou lágrimas sentidas por ele. Muito diferente é saber se ele realmente as merece."


Em outro parágrafo da reportagem diz:

"Mas o foco total nos oprimidos gerou um efeito indesejado. Chávez esqueceu que governava para todos. Seu discurso feroz contra os ricos fez com que, na década passada, mais de 300 mil venezuelanos abastados deixassem o país para viver principalmente nos Estados Unidos. Em vez de investir na economia venezuelana, os debandados despejaram os fartos recursos no exterior. O efeito disso foi ruim. Além das perdas financeiras sofridas pela Venezuela, Chávez ampliou as divisões da sociedade. “Nunca houve no país uma polarização tão grande”, diz o cientista político Carlos Romero, da Universidade da Venezuela. Funciona mais ou menos assim: se você é pobre, está com Chávez, apóia a revolução bolivariana iniciada por ele em 1999 (revolução esta que era inspirada no venezuelano Simón Bolívar, mártir da independência de diversas nações da América do Sul) e tem como inimigo o demoníaco Estados Unidos. Se você é rico, está contra a Venezuela, é vendido aos imperialistas e merece, na cabeça dos radicais, sofrer todos os males possíveis e imagináveis. O problema é que nenhuma sociedade resiste a essa visão maniqueísta. Polarizações tão explícitas levam ao ódio mútuo e à impossibilidade de convivência. Levam, acima de tudo, à intolerância diante de opiniões divergentes. Chávez era refratário ao debate aberto e andou cassando a licença de emissoras de tevê e perseguindo jornais. Ele não assimilou a lição do ex-presidente brasileiro Lula: é preciso afagar, de um lado, os excluídos, mas é necessário também ser próximo de empresários, banqueiros e investidores. Só assim um país anda. Só assim a economia cresce."

Fonte Texto: Amauri Segala/isto é
Imagem:reprodução/isto é

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