terça-feira, 13 de junho de 2017

Rio: Médica diz que não se arrepende: ‘Menino não corria risco de vida’

A médica Haydée Marques da Silva foi hostilizada após o depoimento (Foto: José Lucena/Estadão Conteúdo)

A médica Haydée Marques da Silva, de 66 anos, afirmou que não se arrepende de ter recusado atendimento a Breno Rodrigues Duarte da Silva, de 1 ano e meio, na semana passada. Segundo ela, a classificação de risco do menino era baixa e por isso optou por chamar outra ambulância. A criança, que sofria de doença neurológica e recebia atendimento no sistema de home care, morreu enquanto aguardava o socorro, depois de aspirar o próprio vômito.
O advogado da família de Breno, Gilson Moreira, defende que a polícia indicie a médica por homicídio doloso, quando há intenção de morte. Haydée prestou depoimento por cerca de 5 horas. À delegada Isabelle Conti, a médica afirmou que Breno não corria risco de vida.

“Quando há um código vermelho que fala sobre risco de morte, eu atendo, mesmo não sendo pediatra. A classificação de risco nesse caso era baixa”, afirmou, complementando em seguida: “Não estou arrependida porque não fiz nada de errado. Estou triste e muito abalada pela criança ter morrido. Não acho que tenha sido responsabilidade minha a morte da criança”.
Enquanto deixava a delegacia, a médica foi hostilizada por pessoas que passavam pelo local e a chamaram de “assassina” e “maluca”. “Primeiro se acusa e condena e depois se apura”, reagiu a médica, que foi demitida da empresa Cuidar Emergências Médicas. Ela não quis comentar outros casos em que foi acusada de negligência.
Segundo a delegada Isabelle Conti, a Polícia Civil continua investigando o crime culposo, quando não há intenção de matar. Além de Haydée, os pais de Breno prestaram novo depoimento. O advogado da família refutou os argumentos de Haydée, de que Breno não era caso grave. De acordo com ele, a família vai processar também a empresa Unimed-Rio e a médica, no Conselho de Medicina.

fonte:Correio da Bahia

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