As mudanças do presidente Jair Bolsonaro no Ministério da Defesa e nas Forças Armadas tiveram repercussão negativa na imprensa internacional. Jornais relacionaram a demissão de Fernando Azevedo e dos comandantes do Exército, da Marinha e da Aeronáutica à turbulência política em Brasília e aos fracassos do presidente no enfrentamento da pandemia do novo coronavírus. Só nesta quarta-feira, 31, o País bateu um novo recorde, com 3.950 mortes em 24h.
O americano The New York Times escreveu que a saída repentina de líderes militares alimentou especulações sobre um ruptura na relação entre Bolsonaro e os militares do País. No texto publicado na última terça-feira, 30, o jornal ainda destaca as "críticas acirradas" que o governo vem enfrentando, além das dezenas de pedidos de impeachment pela condução "caótica e com desdém" da pandemia. O último deles foi, inclusive, protocolado nesta quarta por líderes da oposição e da minoria na Câmara, no Senado e no Congresso.
No jornal argentino Clarín, o "troca-troca" do governo brasileiro também foi noticiado. "Bolsonaro, um ex-capitão do exército que muitas vezes elogiou o período da ditadura militar no Brasil, tem contado fortemente com militares e ex-militares para posições importantes no gabinete desde que assumiu o cargo em janeiro de 2019", disse o veículo de imprensa, que pontuou as demissões como aparentemente "sem precedentes" desde o fim da ditadura. Na notícia, há ainda destaque para a análise de que Bolsonaro buscou apoio das Forças Armadas tendo em vista o declínio de sua popularidade e a volta do ex-presidente Lula ao cenário eleitoral de 2022.
Na Bloomberg, a busca de Bolsonaro pelo apoio mais explícito das Forças Armadas foi associada aos questionamentos que o presidente vem sofrendo pela sua condução da pandemia. Houve também menção à "luta" do presidente contra os governadores que impuseram restrições ao comércio. Informações do Estadão.
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