O governador interino do Rio, Cláudio Castro
© Wilton Junior/Estadão O governador interino do Rio, Cláudio Castro

O governo afirmou por meio de nota 

que Castro almoçou com parte de sua família. Estavam lá a mulher, os pais, irmãos e filhos do 

governador. Este domingo é a véspera do 

aniversário do mandatário, que completará 

42 anos na segunda.

“Não houve aglomeração ou festa com 

convidados. Os carros vistos na entrada da casa eram de familiares e de sua escolta (de Castro)

Só a sua segurança, garantida pelo cargo

que ocupa, utiliza quatro veículos”, afirmou o texto, encaminhado pela assessoria de imprensa

 do governo fluminense.

A reportagem do Estadão pediu detalhes sobre o número de presentes no local ou imagens do

 encontro, mas não obteve retorno.

Especialistas em saúde pública 

recomendam que, durante a pandemia 

sejam evitadas aglomerações. 

Mesmo reuniões menores, 

que juntem núcleos familiares 

diferentes, são desaconselhadas. O objetivo

é reduzir a transmissão da covid-19,

que levou os sistemas de saúde do País ao

 colapso.

Com esse objetivo - por decretos de 

Castro e de prefeitos - o Estado do Rio iniciou

na sexta-feira, 26, uma pausa de dez dias. 

O feriadão vai até 4 de abril.

Paes acusou governador de preparar 

‘CastroFolia’

Ao longo da última semana Cláudio Castro protagonizou um embate com o prefeito do Rio, Eduardo Paes (DEM), em relação às restrições a serem adotadas ao longo do feriado antecipado

 para conter a covid-19. Ao compartilhar no

 Twitter uma reportagem na qual Castro 

afirmava que municípios seriam proibidos

 de fechar bares e restaurantes

 durante o "superferiadão", Paes foi irônico.

 Alegou que o governador não entendera 

o objetivo das medidas de isolamento.

"CastroFolia! A micareta do governador! 

Definitivamente ele não entendeu nada do 

objetivo de certas medidas", escreveu o 

prefeito do Rio.

Castro é próximo do presidente Jair

Bolsonaro, que é opositor do fechamento

 da economia para combater a pandemia.

 Também é próximo do senador Flávio

 Bolsonaro (Republicanos-RJ).

Depois de Castro voltar atrás em sua decisão - manteve a proposta branda, mas aceitou a autonomia das prefeituras para agir diferente -, Paes foi 

de novo às redes sociais. “Agradeço ao 

governador por entender e respeitar as

 medidas difíceis e impopulares que tivemos

 que tomar partindo de decisões técnicas. 

Adoraria não ter que tomá-las, mas o

 momento nos impõe e assim me 

determinam as autoridades sanitárias. 

Continuarei como sempre no caminho

 do diálogo", afirmou.

As divergências tinham começado no fim 

de semana anterior. No sábado, 20, após

 uma reunião na véspera com Paes na qual

 não houve acordo, Castro se reuniu com

 empresários. Fechou com eles uma proposta

 branda de feriadão, com comércio e 

shoppings abertos e algumas limitações, 

sobretudo, de horário.

No dia seguinte, em novo encontro com os

 prefeitos do Rio e de Niterói, Axel Grael (PDT), adeptos de uma proposição mais dura, a 

divergência se aprofundou. Paes sentiu-se 

emparedado por Castro, que teria se cacifado junto ao empresariado para pressionar os prefeitos.

 Para ele, o governador preparara uma 

“sinuca de bico” para ele e Axel.

FONTE:ESTADÃO

 /COLABOROU WILSON TOSTA - 29/03/2021