sexta-feira, 21 de outubro de 2022

Ação da PF mira uso de CACs e clube de tiro para venda ilegal de armas em 3 Estados



Polícia Federal (PF) deflagrou, na manhã desta sexta-feira (21/10), operação que investiga a atuação de organização criminosa acusada de produzir documentos falsos e usá-los para viabilizar o comércio e porte ilegais de armas de fogo. Os mandados foram cumpridos em Alagoas, Pernambuco e São Paulo.

Segundo a PF, os suspeitos, que são alvo de mandados de busca e prisão, fraudavam o registro de Colecionador, Atirador desportivo e Caçador (CAC) para viabilizar a aquisição e o porte de armas de fogo de maneira ilegal. Posteriormente, elas eram vendidas.

A suspeita é de prática de crimes, como organização criminosa de modelo empresarial, uso de documento falso perante a PF e o Exército Brasileiro, comércio, aquisição, posse e porte ilegais de armas de fogo, além de falsidade ideológica e incitação ao crime.

As ordens judiciais foram expedidas pela 37ª Vara Criminal da Justiça Federal em Caruaru/PE, após representação da PF e manifestação favorável do Ministério Público Federal (MPF).

No total, foram expedidos quatro mandados de prisão preventiva, 37 mandados de busca e apreensão, 11 ordens de suspensão das atividades de natureza econômica de pessoas jurídicas, sequestro de bens adquiridos a partir de 2019 e bloqueio de valores.

Em Maceió (AL), a ação ocorre em um clube de tiros localizado no bairro da Serraria, em Maceió, que funciona de forma regular. Agentes usaram marretas para quebrar as paredes do estabelecimento.

A investigação atua também no âmbito digital, com o bloqueio de 14 páginas, perfis e canais de conteúdo ilegal na web.

Prática criminosa


Segundo a diligência policial, o grupo também é acusado de usar empresas como instrumentos para produzir entrevistas, vídeos e outros conteúdos, e difundir, em nome delas, publicidades ilegais para a venda — estimulando o uso indiscriminado de armas de fogo e incitando a prática de crimes.

Na operação deflagrada nesta sexta-feira, agentes têm como objetivo identificar outros envolvidos nos crimes e confirmar como o grupo investigado atua para driblar, de maneira fraudulenta, as restrições impostas por sistemas de órgãos públicos de fiscalização e controle.

Fonte:Metropoles - 21/10/2022

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