Em outubro de 2022 - O diretor da PRF(a esquerda)Anderson Torres, ministro e o então delegado geral Márcio Nunes -foto:reprodução
A cúpula da Polícia Federal (PF) na Bahia na época das Eleições 2022 afirma que a visita de Anderson Torres, então ministro da Justiça, e de Márcio Nunes, delegado-geral da corporação, ao estado às vésperas do segundo turno foi política.
Essa versão contradiz o que disseram Torres e Nunes aos investigadores da PF do inquérito sigiloso que apura a suspeita de que a Polícia Rodoviária Federal (PRF) agiu para dificultar o acesso de eleitores às urnas – especialmente no segundo turno, no Nordeste.
Nesta quinta-feira (11), Nunes prestou depoimento sobre o caso e repetiu a versão apresentada por Torres na última segunda-feira (8). Ele afirmou que, na companhia do ex-ministro, esteve na Bahia para visitar obras e que teriam aproveitado a viagem para conversar sobre a estrutura de policiamento no segundo turno.
Não é o que dizem os três delegados que integravam a cúpula da PF na Bahia. Eles dizem que a motivação da visita de Torres e Nunes foi política. Não era esperada, foi de última hora e pegou a todos de surpresa.
Agora, o ex-superintendente regional, Leandro Almada; o ex-delegado regional executivo, Flavio Albergaria; e o ex-delegado de Combate ao Crime Organizado, Marcelo Werner, serão ouvidos no inquérito.
Fonte: Revista Fórum -12/05/2023
0 comentários:
Postar um comentário