segunda-feira, 28 de agosto de 2023

Cid passa quase 10h na PF para depor sobre invasão dos sistemas do CNJ

 Tenente-coronel do Exército Brasileiro, Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, fica em silêncio durante sessão da CPMI do 8 de Janeiro

foto:Vinicius Schmidt/reprodução

O tenente-coronel Mauro Cid encerrou o depoimento, após quase 10 horas na sede da Polícia Federal (PF), em Brasília, nesta segunda-feira (28/8). A oitiva, que está relacionada ao hacker Walter Delgatti e à invasão dos sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), estava marcada para a última sexta (25/8), mas foi reagendada devido a problemas com o sistema da Polícia Judiciária.

No depoimento que começou às 10h desta segunda, a PF questionou se Cid tinha informações sobre a invasão dos sistemas do CNJ, feita pelo hacker Walter Delgatti Neto.

Cid e seu advogado, Cezar Bitencourt, saíram da sede da PF, na Asa Norte, sem falar com a imprensa.

As autoridades apuram se Mauro Cid tem informações sobre encontro ou tratativas que o ex-presidente Jair Bolsonaro teria tido com a deputada Carla Zambelli a respeito de um plano para invadir os sistemas do CNJ.

O tenente-coronel foi convocado para prestar depoimento sobre o caso da invasão do sistema do CNJ após Delgatti alegar que ele estava presente no encontro que teve com Bolsonaro e Zambelli.

Ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, Cid costumava acompanhar o ex-mandatário em suas agendas. Ele está preso, suspeito de envolvimento em um esquema de fraude nos cartões de vacinação de familiares e do ex-presidente.

Veja algumas das questões ainda em aberto, as quais a PF busca respostas:

  • Se houve envolvimento de Mauro Cid com a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) e Bolsonaro, acusados pelo hacker de pagar e coordenar a invasão ao sistema do CNJ;
  • Se ele possui informações sobre as tratativas entre Delgatti, Zambelli e Bolsonaro;
  • Se houve participação de Mauro Cid na invasão ao sistema do CNJ;
  • Se o militar participou de encontros com os possíveis envolvidos (Delgatti, Zambelli e Bolsonaro);
  • Se ele lidou diretamente ou não com o próprio Delgatti;
  • Se Cid tinha conhecimento do caso;
  • Se Cid lidou direta ou indiretamente com terceiros para facilitar o acesso de Delgatti ao Ministério da Defesa.

Na última sexta, Cid passou seis horas prestando esclarecimentos sobre o caso na sede da PF. No entanto, o depoimento em si durou apenas duas horas, em função de uma queda no sistema interno da instituição.

Fonte:Metrópoles c/adaptações 28/08/2023

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