sábado, 5 de maio de 2012

Artigo: Eleições 2012: Precisamos é de Gestores


Após a redemocratização do país, as eleições têm acontecido de dois em dois anos, num calendário eleitoral que precisa ser reavaliado pelas instâncias competentes, pois somente o exercício do voto não garante uma verdadeira cidadania. As eleições de nível municipal despertam, sem sombras de dúvida, o maior envolvimento do povo, tendo em vista a convivência mais próxima com aqueles que colocam seus nomes à apreciação, num pleito eleitoral.


O território de Irecê, assim como os demais do nosso Estado, tem vivenciado dias extremamente difíceis: ausência de chuvas, queda na arrecadação, obras extremamente importantes paradas, denúncias de malversação do dinheiro público, tanto no poder executivo como nos legislativos. É precisamente daí, que provém a necessidade que temos de gestores para as nossas cidades que, com raríssimas exceções, estão mal tratadas, carentes de infraestrutura, com o seu povo passando sérias privações, até mesmo em setores fundamentais como a saúde e a educação. Por essas e outras razões, não podemos esquecer que estamos em ano eleitoral e, portanto, sujeitos aos maiores embustes, e simplesmente acreditar que palavras soltas, pronunciadas em palanques e nas inúmeras campanhas que atravessam o país, irão sanar tais dificuldades.


Com base neste panorama, algumas questões precisam ser pontuadas: os pré-candidatos ao executivo e legislativo sabem qual o orçamento de seus municípios para 2013, sejam de recursos próprios ou de previsão de outras fontes? Pois, conforme percebemos as práticas políticas eleitorais, mais uma vez, começam a surgir no horizonte, e seria extremamente importante que a população, desde já fizesse uma reflexão que consistisse, sobretudo em: verificar com extrema prudência os nomes que se colocam à disposição de seus municípios, histórico individual dos candidatos, se têm realmente projetos para suas cidades, como estes poderão ser viabilizados, de onde virão os recursos, verificando deste modo, se a máquina administrativa tem sido usada em benefício de algumas candidaturas, porque não adianta simplesmente a mudança de nomes, mas ações concretas em prol de toda a sociedade, e compete a essa mesma sociedade ter discernimento para que no futuro possa não vir a queixar-se das suas escolhas.


Por isso, entendemos que um povo verdadeiramente livre, é aquele que sabe escolher seus governantes, baseado na competência política para articulações bem sucedidas na captação de recursos; e na administrativa, no total gerenciamento de nossas cidades para assim, efetivar o que um dia afirmou o sábio Rui Barbosa “governar é prever, para prover”.


Jorge Luiz Rocha
Pedagogo

1 comentários:

  1. Jorge, o seu texto está muito além da compreensão de certos políticos que fazem parte do nosso contexto, infelizmente. O que percebo em muitos dos nossos representantes locais, é que estes se utilizam da condição política apenas como um mero cargo, se esquecem ou não sabem de suas atribuições como agente público. Te parabenizo pelo texto, pela sua sábia capacidade de escrita a qual lhe é peculiar. Ao mesmo tempo que me entristeço e me decepciono com os nossos políticos.

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