quinta-feira, 29 de outubro de 2015

Bahia: Funcionário da Embasa é acusado de vender dados de colegas à quadrilha de cartão

                                                         Sede da embasa no CAB -Salvador -foto:reprodução
Um funcionário da Empresa Baiana de Águas e Saneamento (Embasa), identificado como Ítalo Ivanes Fernandes Barbosa, é acusado de vender dados de colegas para uma quadrilha que roubava milhas de viagens aéreas de cartões de crédito e falsificava documentos para retirada de empréstimos bancários. 
Após terem acesso ao cadastro de clientes de empresas áreas, os golpistas se passavam pelos donos das contas e resgatavam os bilhetes ou transferiam as milhas em troca de dinheiro.
Patrick Alex Oliveira Barros foi preso em setembro de 2015 e também já era procurado em Sergipe. A polícia apreendeu os celulares que ele usava e, com autorização da Justiça, teve acesso às mensagens que ele trocava com o servidor baiano. Ele se dizia ser agente de viagens e negociava pessoalmente as passagens com as vítimas. 
Com ele, um metalúrgico chegou a comprar duas passagens para a Espanha por R$ 4 mil, sendo o valor de mercado R$ 7 mil. Na hora do embarque, porém os bilhetes estavam bloqueados. “Não tinha como embarcar. Dois dias depois, como eu vi que era um golpe, que eu não teria como ser ressarcido, eu acabei comprando por conta novamente mais duas passagens pra não perder as férias”, relatou.
Por telefone, Patrick foi orientado a usar o nome dos servidores para pedir informações sobre empréstimos.  “Depois que ela informar, a gente faz o procedimento que ela mandar, tá? E aí aguarda a aprovação. A gente vai fazer um por um. Devagarzinho. No mês de agosto pra poder cair em setembro, sem pressa”, diz em conversa gravada.
Até agora, a polícia identificou cinco suspeitos. Quatro já foram indiciados e podem responder por estelionato e organização criminosa.  Os investigadores já sabem que nem todo mundo que comprou passagem foi enganado. Muita gente sabia que era golpe e viajou usando documentos falsos.  “Então é estelionato. E, não bastasse, também pode incorrer em organização criminosa, porque isso é uma teia que pega desde quem monta o documento até quem usa”, afirma a delegada Lisandréa Colabuono.
A polícia calcula que os golpes cheguem a R$ 2,5 milhões, entre empréstimos e desvio de milhas, e já sabe que a quadrilha usou parte do dinheiro para comprar carros, alugar casas e fazer festas.
 
Fonte:Bocão News Com informações de G1
Publicada originalmente às 22h do dia 27 de outubro/reprodução

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