Sede da embasa no CAB -Salvador -foto:reprodução
Um funcionário da Empresa Baiana de Águas e Saneamento (Embasa),
identificado como Ítalo Ivanes Fernandes Barbosa, é acusado de vender
dados de colegas para uma quadrilha que roubava milhas de viagens aéreas
de cartões de crédito e falsificava documentos para retirada de
empréstimos bancários.
Após terem acesso ao cadastro de clientes de empresas áreas, os
golpistas se passavam pelos donos das contas e resgatavam os bilhetes ou
transferiam as milhas em troca de dinheiro.
Patrick Alex Oliveira Barros foi preso em setembro de 2015 e também já
era procurado em Sergipe. A polícia apreendeu os celulares que ele usava
e, com autorização da Justiça, teve acesso às mensagens que ele trocava
com o servidor baiano. Ele se dizia ser agente de viagens e negociava pessoalmente as passagens com as vítimas.
Com ele, um metalúrgico chegou a comprar duas passagens para a Espanha
por R$ 4 mil, sendo o valor de mercado R$ 7 mil. Na hora do embarque,
porém os bilhetes estavam bloqueados. “Não tinha como embarcar. Dois
dias depois, como eu vi que era um golpe, que eu não teria como ser
ressarcido, eu acabei comprando por conta novamente mais duas passagens
pra não perder as férias”, relatou.
Por telefone, Patrick foi orientado a usar o nome dos servidores para
pedir informações sobre empréstimos. “Depois que ela informar, a gente
faz o procedimento que ela mandar, tá? E aí aguarda a aprovação. A gente
vai fazer um por um. Devagarzinho. No mês de agosto pra poder cair em
setembro, sem pressa”, diz em conversa gravada.
Até agora, a polícia identificou cinco suspeitos. Quatro já foram
indiciados e podem responder por estelionato e organização criminosa.
Os investigadores já sabem que nem todo mundo que comprou passagem foi
enganado. Muita gente sabia que era golpe e viajou usando documentos
falsos. “Então é estelionato. E, não bastasse, também pode incorrer em
organização criminosa, porque isso é uma teia que pega desde quem monta o
documento até quem usa”, afirma a delegada Lisandréa Colabuono.
A polícia calcula que os golpes cheguem a R$ 2,5 milhões, entre
empréstimos e desvio de milhas, e já sabe que a quadrilha usou parte do
dinheiro para comprar carros, alugar casas e fazer festas.
Fonte:Bocão News Com informações de G1
Publicada originalmente às 22h do dia 27 de outubro/reprodução
Publicada originalmente às 22h do dia 27 de outubro/reprodução
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