quinta-feira, 2 de fevereiro de 2017

Ética Médica? Dados de Marisa foram compartilhados por médicos em grupo do WhatsApp



                             A ex-primeira dama Marisa Letícia Lula da Silva foto:Leonardo Benassatto/Futura Press/Folhapress/reprodução



Uma médica do Hospital Sírio-Libanês que compartilhou informações sigilosas sobre o diagnóstico e estado de saúde da ex-primeira-dama Marisa Letícia foi demitida da unidade de saúde. 
Reumatologista, Gabriela Munhoz, 31 anos, enviou mensagens com as informações para um grupo de WhatsApp com antigos colegas de faculdade, logo após a internação de Marisa Letícia, há dez dias. Ela informou que a mulher de Lula estava no pronto-socorro com diagnóstico de AVC hemorrágico de nível 4 na escala Fisher, seguindo para a UTI. A informação é de O Globo.

O Código de Ética Médica informa que profissionais de saúde não podem permitir que terceiros tenham acesso a prontuários de paciente sem autorização.
A médica mandou a imagem para um grupo que reúne formandos de 2009 de Medicina da Universidade Federal do Mato Grosso do Sul e a partir daí ela se espalhou pela web. O boletim médico que o hospital divulgou no dia do internamento não dava detalhes sobre a gravidade do diagnóstico.
Um médico que não é do Sírio Libanês foi o primeiro que mandou informações de Marisa no grupo. Pedro Paulo de Souza Filho postou imagens de uma tomografia dela, com outros detalhes que Gabriela confirmou depois. 
As informações de Pedro Paulo vieram de outro grupo e seriam do cardiologia Ademar Poltronieri Filho, não localizado para se posicionar. 
Gabriela disse a amigos que apenas confirmou informações já divulgadas pela mídia para um grupo de sua confiança, lamentando que imagens tenham sido compartilhadas fora dali. Ela preferiu não falar com a imprensa.
No grupo no qual as informações foram postadas, um médico neurocirurgião sugeriu que os profissionais que atendiam Marisa Letícia deviam "romper no procedimento". "Esses fdp vão embolizar ainda por cima", escreveu, falando do procedimento de provocar o fechamento de um vaso sanguíneo para diminuir o fluxo de sangue. "Tem que romper no procedimento. Daí já abre pupila. E o capeta abraça ela", escreveu o médico, que não foi localizado para comentar o caso.

Quebra de sigilo

Em nota, a direção do Sírio-Libanês informou ter “uma política rígida relacionada à privacidade de pacientes” e repudiou a quebra do sigilo de pacientes por profissionais de saúde. “Por não permitir esse tipo de atitude entre seus colaboradores, a instituição tomou as medidas disciplinares cabíveis em relação à médica, assim que teve conhecimento da troca de mensagens”, diz a mensagem, divulgada por O Globo.

O Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp) investiga o caso e a postura dos médicos envolvidos.

fonte:Correio da Bahia

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