sábado, 31 de março de 2018

Brasília: MEC não atende a UnB e instituição vive uma grave crise financeira

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foto:reprodução/google
“Se não tiver contingenciamento, a UnB para de funcionar em agosto”. Foi com essa frase que a decana de Planejamento e Orçamento da Universidade de Brasília, Denise Imbroisi, abriu reunião pública para tratar da crise financeira da instituição, que registra um rombo de R$ 92,3 milhões em seu orçamento para este ano. O evento reuniu, na quinta-feira (29/3), representantes de toda a comunidade acadêmica.
A universidade anunciou ser necessário cortar despesas, e isso implicaria em redução de terceirizados, estagiários e subsídios, como o oferecido aos estudantes que se alimentam no Restaurante Universitário (RU). A medida pode aumentar em até 160% o valor das refeições, dependendo da condição financeira do aluno. Outras contenções também estão sendo analisadas.
Com o auditório verde da Faculdade de Economia, Administração, Contabilidade e Gestão de Políticas Públicas (Face) lotado, a reitora Márcia Abrahão foi recebida pelos estudantes com gritos de “não aceitamos demissões. Mexeu com os terceirizados, mexeu com a gente”.
A reitora ouviu os protestos e conversou brevemente com a imprensa. Segundo a gestora, foram realizadas diversas reuniões com o Ministério da Educação (MEC) para tentar conseguir recursos. No entanto, afirmou ela, “cortes são inevitáveis”.
(...) De acordo com Márcia Abrahão, “o MEC tem nos recebido e se mostrado sensível, mas, infelizmente, mesmo com nossas explicações e apelos, não obtivemos nenhuma resposta positiva”. Além de não haver retorno prático quanto aos pedidos da UnB, a pasta sinalizou um cenário ainda mais duro, com a possibilidade de publicação de um novo decreto de contingenciamento, nos próximos dias, pontuou a reitora.
A universidade precisa cortar R$ 39,8 milhões do orçamento e aumentar a receita em R$ 50,8 milhões. Denise Imbroisi apresentou os dados e informou que, em 2018, a UnB terá de recursos do Tesouro o valor de R$ 137 milhões, além de R$ 40 milhões de arrecadação. No entanto, o custo anual será de R$ 214,5 milhões.
(...) Na segunda (26), trabalhadores da limpeza da universidade cruzaram os braços e fizeram uma manifestação contra o provável desligamento de 242 funcionários da RCA Serviços. Conforme informou o coordenador-geral do Sindicato dos Trabalhadores da Fundação Universidade de Brasília (Sintfub), Maurício Rocha, a quantidade representa 55% do efetivo da categoria. “Nós achamos que mesmo com um corte no orçamento, é possível negociar, evitar as demissões”, defendeu o sindicalista.
O Sintfub denuncia que, desde o segundo semestre de 2016, cerca de 1.500 empregados da UnB foram desligados. Além dos trabalhadores da limpeza, vigilantes, copeiros e motoristas também estão ameaçados. “Vamos exigir uma mesa de negociação com a reitora”, diz Maurício Rocha.
fonte:Blog conversa afiada c/adaptações

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