quarta-feira, 7 de novembro de 2018

Futuro governo: CUT divulga nota após anúncio do fim do ministério do trabalho

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foto:reprodução
A CUT repudia e contesta a extinção do Ministério de Trabalho anunciada na tarde desta quinta-feira (7) pelo presidente eleito Jair Bolsonaro. Se não for mais
 uma bravata, a medida representa mais um desrespeito à classe. 
trabalhadora e um serviço aos patrões. Fechar um espaço institucional, em nível 
de governo, de discussão, balizamento e regulação das relações capital-trabalho significa fechar um canal de expressão dos trabalhadores.
Ao fazer esse anúncio em meio a uma coletiva de imprensa genérica e sem
apresentar nenhuma informação sobre o destino que dará a toda estrutura técnica
sob o guarda-chuva do ministério, Bolsonaro revela seu total desprezo.
aos trabalhadores, trabalhadoras e ao mundo do trabalho.
O MT, que em 26 de novembro completa 88 anos, é essencial à classe trabalha-
dora, ainda mais após a nefasta reforma trabalhista aprovada pelo governo
ilegítimo de Michel Temer, que rasgou a CLT (Consolidação das Leis do Trabalho).
Em um País com quase 13 milhões de desempregados e 43% dos trabalhadores e trabalhadoras na informalidade, a única razão para tal medida é a perseguição à 
classe trabalhadora e às instituições que a representam.
Com a extinção, os patrões ficarão livres para descumprir as leis, porque é o
Ministério do Trabalho que fiscaliza, coíbe e pune abusos por parte dos
empresários contra trabalhadores na cidade e no campo. Fiscaliza o trabalho
escravo, hoje flagelo de 370 mil brasileiros e brasileiras. Resgata trabalhadores
dessa “escravidão moderna” – foram 341 resgatados em 2017, queda brutal
em relação a 2015 (1.010), porque Temer cortou investimentos.
O Ministério do Trabalho também fiscaliza o registro profissional, o cumprimento de direitos como férias, 13º salário, coíbe a jornada abusiva, faz a gestão do FGTS, do Sine (Sistema Nacional de Emprego), além de ser o responsável
pelo salário desemprego.
O fechamento do MT abre o caminho para o próximo governo fechar também
a Justiça do Trabalho. 
Vagner Freitas, Presidente Nacional da CUT.
fonte:Site da instituição

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