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O jornal escreve que “a mudança aprofundou a crise política sobre a oposição teimosa de Bolsonaro aos bloqueios e as ameaças do ex-capitão do Exército de usar os militares contra as autoridades locais que tentaram impô-lo”.
A publicação cita ainda que “as Forças Armadas não são a única instituição que perderam a paciência com o Bolsonaro”.
A referência é feita a carta aberta assinada por mais de 500 empresários, banqueiros, economistas e ex-ministros exigindo coordenação nacional das medidas contra a pandemia no Brasil. “Centenas de líderes empresariais proeminentes”, classifica o jornal.
O texto critica a maneira de ação do mandatário na pandemia.
“Um dos maiores céticos do coronavírus do mundo, Bolsonaro recusou-se a usar máscara durante a maior parte do ano passado, criticou as vacinações e classificou a pandemia como ‘uma gripezinha’. Ele agora está lutando para manter o governo unido e as esperanças de reeleição vivas em meio a alguns dos piores números da Covid-19 do mundo”.
Em relação as eleições de 2022, o Financial Times coloca um Bolsonaro enfraquecido e a volta da elegibilidade do ex-presidente Lula. “Com o retorno do ex-presidente de esquerda Luiz Inácio Lula da Silva à política, depois que sua condenação por corrupção foi anulada, Bolsonaro não é mais o favorito nas eleições do próximo ano”.
A afirmação no título editorial de que “Bolsonaro está mais isolado do que nunca”, é do diretor-gerente da consultoria Teneo, Mario Marconini. Ele fala sobre a relação do mandatário com o Legislativo em meio ao agravamento da pandemia no país.
“À medida que a pandemia inevitavelmente piora, haverá outro acerto de contas pelo Congresso em um futuro não muito distante para ver se ele se tornou mais descartável do que é agora”, diz o consultor.
Informações de atardeonline em 04/04/2021 às16h.
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