quinta-feira, 24 de outubro de 2024

STJ afasta e põe tornozeleira em cinco desembargadores do TJ-MS; incluindo o presidente

 

Operação Última Ratio: PF investiga venda de sentenças e corrupção envolvendo seis juízes de MS (Foto: G1)


A Polícia Federal deflagrou, nesta quinta-feira (24), Operação Ultima Ratio contra venda de sentença no Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul. De acordo com o G1, cinco desembargadores do TJMS foram afastados em razão de uma investigação que apura corrupção e venda de sentenças.

Os afastamentos foram determinados pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ), que também autorizou a Polícia Federal a cumprir, com apoio da Receita Federal, 44 mandados de buscas contra eles, outros servidores públicos, 9 advogados, além de empresários suspeitos de se beneficiarem do esquema.


A PF apura os crimes de corrupção em vendas de decisões judiciais, lavagem de dinheiro, organização criminosa, extorsão e falsificação de escrituras públicas no Poder Judiciário de Mato Grosso do Sul. A investigação é continuidade da Operação Mineração de Ouro, que levou ao afastamento de três conselheiros do Tribunal de Contas do Estado.


  • Sérgio Fernandes Martins, presidente do TJ-MS;
  • Vladimir Abreu da Silva;
  • Alexandre Aguiar Bastos;
  • Sideni Soncini Pimentel;
  • Marco José de Brito Rodrigues.

 



Também são investigados um juiz de primeira instância, dois desembargadores aposentados e um procurador de justiça. As ordens são cumpridas em Campo Grande, Brasília, São Paulo e Cuiabá


Os 5 magistrados terão que usar tornozeleira eletrônica e estão proibidos de acessarem as dependências dos órgãos públicos e de se comunicarem com outras pessoas investigadas.

Segundo as investigações, entre os crimes cometidos pelo grupo estão lavagem de dinheiro, extorsão, falsificação e organização criminosa.


A operação é fruto de três anos de investigação da Polícia Federal e foi batizada de “Ultima Ratio”, um princípio do Direito segundo o qual a Justiça é o último recurso do Poder Público para parar a criminalidade.


Fonte: O Jacaré/BN 24/10/2024

0 comentários:

Postar um comentário