sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

Futebol: Felipão admite adiar volta ao Brasil

A planejada volta ao Brasil do técnico Luiz Felipe Scolari no ano que vem, após a sua passagem pelo futebol do Uzbequistão, pode ser adiada devido ao interesse de clubes europeus em contratar o técnico campeão do mundo com a seleção brasileira em 2002.
Scolari, que aceitou no ano passado uma proposta do Bunyodkor após ter sido demitido do Chelsea, revelou que tem sido procurado por equipes das principais ligas da Europa e que pode voltar a dirigir um time europeu na próxima temporada.
"Em princípio, a ideia quando eu vim para cá [Uzbequistão] era que em 2011 eu estaria trabalhando numa grande equipe do Brasil. Vamos ver o que acontece daqui para frente. Algumas vezes, a gente tem que modificar um pouquinho aquilo que imaginou", disse Scolari.
Recentemente, o treinador teria recusado uma proposta oficial da Juventus por causa da curta duração do contrato oferecido pelos dirigentes italianos. Cogita-se que Atlético de Madrid e o alemão Wolfsburg são alguns dos clubes interessados em contratá-lo.
Scolari, que por enquanto diz preferir se concentrar no atual trabalho de ajudar a desenvolver o seu clube e o futebol do Uzbequistão, reclamou da alta taxa tributária brasileira e dos serviços prestados pelos governantes.
"Tenho saudades das competições no Brasil, os grandes clássicos, aquela adrenalina. Mas quando a gente faz uma soma, no final das contas, você tem que entregar 30% do salário para o governo que não te dá nada, só tira, enquanto que quando você está fora o clube paga o seu imposto, você tem uma segurança muito grande", afirmou.
Sobre a passagem pelo Chelsea, o treinador afirmou que guarda boas lembranças apesar de ter sido demitido do clube.
Scolari disse acreditar que passou pelo mesmo problema dos treinadores brasileiros que trabalham no exterior.
"Essa é uma situação difícil quando vamos para o exterior, porque muitas vezes nós não somos totalmente aceitos na nossa forma de trabalhar, em razão da cultura do país, da forma que o país se comporta. É uma série de coisas. Para nós fica mais difícil."

Fonte:Reuters/folhaonline
Foto:Google

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