terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Goiás: Ministro diz que PF investigará sumiço dos 06 jovens



O ministro da Justiça, Tarso Genro, anunciou nesta terça-feira que a PF (Polícia Federal) entrará nas investigações sobre o desaparecimento de seis adolescentes na cidade goiana de Luziânia, a 60 quilômetros de Brasília. Após receber o presidente da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), Ophir Cavalcante, e cinco mães que procuram seus filhos há mais de um mês, Tarso informou que o comando das investigações permanecerá com a Polícia Civil de Goiás, mas a PF dará "sustentação" ao caso.
"Já comuniquei à PF para que coloque nossa tecnologia e pessoal disponíveis a partir de amanhã", disse o ministro, que conversou também com o secretário de Segurança Pública de Goiás, Ernesto Roller.
Tarso fez o anúncio depois de ter sinalizado a entrada da PF no caso, durante o café da manhã em que se despediu do cargo.
A participação da PF nas investigações, antiga reivindicação das mães dos adolescentes, comoveu, sobretudo, Maria Lucia, mãe de Marcio Luiz, 19, último a desaparecer. Fragilizada desde o sumiço do filho, ela passou mal no Ministério da Justiça após o anúncio feito pelo ministro, que, no entanto, já não estava mais no local.
"Estamos mais tranquilas agora", disse Sonia Vieira de Azevedo, mãe de Paulo Vitor, 16, também desaparecido.
Segundo o presidente da OAB, será uma ação coordenada entre as duas polícias. "Existe uma linha de investigação, a do tráfico de pessoas, que justifica a participação da Polícia Federal, por se tratar de crime federal. Esta questão deixou de ser local e passou a ser nacional", disse.
O desaparecimento de seis adolescentes em Luziânia pode, no entanto, estar vinculado à exploração sexual de menores. Esta é outra linha de investigação adotada pela Polícia Civil de Goiás, que rejeitou a presença da PF nas investigações. Para a Secretaria de Segurança Pública de Goiás, a PF deveria ser convocada se os adolescentes já não estivessem em Goiás. Diante da repercussão do caso e da demora em localizar os adolescentes, o impasse foi levado ao Ministério da Justiça.



Fonte:Folhaonline
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