O assessor internacional do presidente Jair Bolsonaro, Filipe Martins, fez um comentário misógino nas redes sociais ao ser questionado pela jornalista Rita Lisauskas, da CNN Brasil, sobre o gesto supremacista com as mãos que fez durante audiência no Senado, nesta quarta-feira (24).
O assessor havia negado no Twitter que o gesto tenha sido em referência ao supremacismo branco. Ele alega que estava “ajeitando a lapela” do terno e ameaçou processar as pessoas que estivessem o acusando de supremacismo. Rita ironizou o comentário e questionou se ele teria algum “problema com os dedos”.
“Tens algum problema com os dedos? Porque para ajeitar um terno é necessário fechar os dedos em formato de pinça, não em formato de sinal supremacista branco”, respondeu a jornalista.
Filipe então questionou se a profissional é jornalista de moda, em tentativa de diminui-la. “Você é jornalista de moda? Da próxima vez eu te peço dicas sobre como ajeitar a minha própria roupa. Inclusive a gravata também não estava com um nó muito bacana”, comentou o assessor.
Rita respondeu ao ataque reafirmando que o gesto é supremacista: “Não entendo de moda, mas entendo gestos de supremacistas brancos. Que foi o que você fez”.
O gesto realizado por Filipe parece remeter ao símbolo “WP”, em referência a lema “white power” (“supremacia branca”). Esse gesto, que se assemelha a um “OK”, é classificado desde 2019 como “uma verdadeira expressão da supremacia branca” pela Liga Antidifamação dos EUA, segundo reportagem da BBC.
Olavista, Martins foi ao Senado acompanhar o ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, em audiência.
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