A PF (Polícia Federal) abriu inquérito para investigar o ex-ministro Ciro Gomes (PDT-CE) por suposta prática de crime contra a honra do presidente Jair Bolsonaro durante uma entrevista.
O pedido de abertura de inquérito, segundo o Estado de S. Paulo, foi assinado por Bolsonaro e encaminhado à PF pelo ministro da Justiça, André Mendonça.
Ciro concedeu uma entrevista, em novembro de 2020, à Rádio Tupinambá, de Sobral (CE). Ele chamou Bolsonaro de “ladrão” e citou a investigação do caso das “rachadinhas”, que envolve Flávio Bolsonaro, filho do presidente.
Ele declarou ainda que, ao não apoiar os candidatos de Bolsonaro nas eleições do ano passado, a população mostrava um sentimento de “repúdio ao bolsonarismo, à sua boçalidade, à sua incapacidade de administrar a economia do país e seu desrespeito à saúde pública”.
Em publicação feita em seu perfil no Twitter, Ciro afirmou que o presidente tenta intimidar opositores.
“Particularmente não ligo para esse ato contra mim, mas considero grave a tentativa de Bolsonaro de intimidar opositores e adversários. Entendo que é um ato de desespero de quem vê sua imagem se deteriorar todos os dias pela gestão criminosa do Brasil na pandemia”, escreveu.
“Bolsonaro está condenando nosso povo à morte. E vamos seguir lutando para salvar vidas e contra sua política genocida!”
Ciro citou o influenciador Felipe Neto, intimado a depor por chamar o presidente de “genocida” devido a gestão do governo federal na pandemia. A denúncia partiu do vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ), filho do presidente.
O influenciador anunciou na 5ª feira (18.mar.2021) a criação de uma frente de advogados que irá defender gratuitamente todos aqueles que forem processados por criticar Bolsonaro.
A iniciativa “Cala Boca Já Morreu” será formada por especialistas dos escritórios de advogados reconhecidos como André Perecmanis, Augusto de Arruda Botelho, Davi Tangerino e Beto Vasconcelos.
0 comentários:
Postar um comentário