quarta-feira, 26 de julho de 2017

Bahia: Substituta da Cátedra na Bahia Pesca também contratou parentes João Leão e Mario Negromonte

Substituta da Cátedra na Bahia Pesca também contratou parentes de políticos do PP
Parentes de Leão e Negromonte contratados pela ADM | Foto: Montagem / BN
Além do Instituto Cátedra (veja aqui), a Fundação ADM, que também prestou serviços de assistência técnica rural à Bahia Pesca, contratou parentes de políticos do Partido Progressista. A entidade substituiu o instituto na prestação de serviços de assistência técnica rural a pescadores e firmou contrato com a Bahia Pesca no valor de R$ 30 milhões.

A empresa do governo baiano é controlada por aliados do ex-ministro das Cidades, Mário Negromonte, atual conselheiro do Tribunal de Contas dos Municípios da Bahia. De acordo com o jornal Folha de S. Paulo, o irmão de Mário, Agnelo Mendes Negromonte, foi contratado pela Fundação ADM. Ele mora em Paulo Afonso, reduto eleitoral do clã Negromonte, e ocupa a vice-presidência do diretório municipal do partido e mantém um site de notícias. 

Além dele, também foi contratada pela Fundação ADM Karine Pepe de Sousa Leão, sobrinha do vice-governador João Leão. Um ano antes, ela havia prestado serviços ao Instituto Cátedra. Presidente da Bahia Pesca, Dernival de Oliveira Júnior afirmou que "não tem influência sobre as contratações de funcionários das empresas contratadas, fazendo gestão apenas da execução de seus contratos". 

O Tribunal de Contas do Estado (TCE) questionou os contratos da Bahia Pesca com a Fundação ADM, assim como no caso do Instituto Cátedra. Uma auditoria atestou fragilidade na fiscalização, descumprimento no plano de metas e indícios de pagamento indevido à entidade que, pelo acordado, deveria contratar 190 técnicos, mas tinha apenas 96. 

Os auditores também constataram que entre 2014 e 2015 o número de beneficiários da assistência técnica foi reduzido quase à metade, caindo de 12,5 mil para 7.000 famílias. Por outro lado, o gasto praticamente dobrou, subindo de R$ 8,8 milhões em 2014 para R$ 15 milhões em 2015. 

Ainda segundo a publicação, a Bahia Pesca negou, em nota irregularidades e falhas na fiscalização do contrato. Os dirigentes da fundação não foram localizados para falar sobre o assunto. 

fonte:BN/reprodução

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