Em uma série de tuítes publicados na manhã desta quarta-feira, 26, o presidente dos Estados
Unidos, Donald Trump, anunciou que o país proibirá que transgêneros sirvam em qualquer
posição nas Forças
Armadas do país, citando “tremendos custos e perturbações médicas” como justificativa.
“Depois de consultar meus generais e especialistas militares, por favor fiquem avisados que o
governo dos Estados Unidos não aceita ou permite que indivíduos Transgêneros sirvam em
qualquer posição nas Forças Armadas dos EUA”, escreveu Trump. “Nossos militares devem
estar focados nas vitórias decisivas e esmagadoras e não podem ser sobrecarregados com
os tremendos custos e perturbações
médicas que envolvem os transgêneros. Obrigado”, completou o presidente.
O Pentágono havia eliminado as barreiras para que os transgêneros pudessem se tornar militares nos
EUA em 2016, no governo do democrata Barack Obama.
Desde 1º de outubro, soldados transgêneros também podiam receber cuidados médicos e
dar início ao processo burocrático para terem sua identidade de gênero alterada no sistema
de pessoal do governo.
Ao menos 250 militares da ativa já estão no processo de transição para seus gêneros preferidos ou foram
aprovados formalmente para que conduzam a mudança no sistema pessoal do Pentágono,
afirmaram fontes da Defesa dos EUA.
Esperava-se que a abertura formal do alistamento fosse anunciada ainda neste ano, tendo
como único requisito que a pessoa estivesse “estável” em seu gênero preferido por 18
meses. No entanto, no mês passado o secretário de Defesa, Jim Mattis, aprovou um atraso
de seis meses na iniciativa, o que deixou defensores dos transgêneros em estado de alerta.
As mensagens de Trump na rede social não deixam claro o que acontecerá com os
transgêneros que já ocupam postos no Exército, na Marinha e Força Aérea dos EUA.
No ano passado, citando um estudo da think tank RAND Corporation o então secretário de
Defesa Ash Carter afirmou que pelo menos 2,5 mil transgêneros ocupam postos nas Forças
Armadas americanas e outros 1,5 mil são membros da reserva.
Fonte:As informações são Estadão
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