Em sessão da CPI da Covid, na quinta-feira (24), o senador Renan Calheiros, ao pedir a proteção para aos irmãos Miranda e ao empresário Maximiano, dono da Precisa, afirmou que tais medidas eram necessárias, pois, “nós sabemos os métodos que estamos enfrentando” e alertou que era preciso evitar “um novo Alexandre da Nóbrega”, miliciano amigo da família Bolsonaro morto na Bahia.
Após a publicação da matéria, à época pelo jornal O Estado de S. Paulo, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido), por meio de suas redes, publicou uma fake news onde insinuava que Constança fazia parte de esquema para destruir o governo. O ato do presidente gerou uma rede de solidariedade à repórter.
Posterior a publicação do caso de propinoduto das vacinas, o presidente Bolsonaro publicou um vídeo onde aparece defendendo os seus ministros e afirma que nos governos anteriores “só tinha roubalheira”. Até agora não desmentiu nada do que revelado sobre o novo capítulo do escândalo das vacinas.
Por sua vez, o senador Flávio Bolsonaro já ativou a sua rede de fake news para desqualificar as denúncias.
O propinoduto das vacinas
Reportagem de Constança Rezende publicada na noite desta terça-feira (29) no jornal Folha de S. Paulo traz mais uma grave denúncia contra o presidente Jair Bolsonaro: segundo um representante de empresa que vende vacinas, o governo pediu propina de 1 dólar por dose do imunizante da Oxford/Astrazeneca.
A denúncia foi feita ao jornal por Luiz Paulo Dominguetti Pereira, representante da Davati Medical Supply. Segundo ele, a proposta de propina foi feita pelo diretor de Logística do Ministério da Saúde, Roberto Ferreira Dias, que foi indicado ao cargo pelo líder do governo na Câmara, Ricardo Barros (PP-PR). Barros, inclusive, é apontado como envolvido diretamente na negociata com indícios de corrupção na compra da Covaxin, vacina indiana contra a Covid-19. O jantar teria acontecido no dia 25 de fevereiro em um restaurante de um shopping de Brasília.
Fonte:Revista Fórum - 30/06/2021 13h
0 comentários:
Postar um comentário