Adriana Beringuy, gerente da pesquisa do IBGE, sinalizou que o mercado de trabalho enfrenta dificuldades que se acentuaram com a chegada da pandemia.
“A gente vai ver ao longo do ano como vai ser a resposta da demanda por trabalho. A oferta está ocorrendo. As pessoas estão ofertando mão de obra. O recrutamento ou não vai depender de fatores que envolvem a economia como um todo. O mercado de trabalho responde a estímulos econômicos, como o consumo das famílias, a possibilidade de acesso a crédito”, salientou a analista.
A população ocupada (85,9 milhões de pessoas) ficou estável em relação ao trimestre móvel anterior (novembro a janeiro). Houve baixa de 3,7% (menos 3,3 milhões de pessoas) frente ao mesmo trimestre de 2020.
Economistas avaliam que a melhora consistente do mercado de trabalho depende em grande parte da recuperação do setor de serviços, o principal empregador do país. Durante a pandemia, serviços diversos foram prejudicados, incluindo operações de bares, restaurantes e hotéis.
A crise foi intensificada no setor pelo fato de que essas atividades precisam da circulação de clientes. Na visão de especialistas, o avanço da vacinação contra a Covid-19 é peça fundamental para permitir a melhora dos negócios e, posteriormente, a geração de vagas de trabalho.
?Em 2021, não bastasse o desemprego em alta, brasileiros também amargam o avanço da inflação. A combinação de fatores acaba diminuindo o poder de compra das famílias no país.
Nesta quarta-feira, o IBGE informou ainda que a população desalentada (6 milhões de pessoas) ficou estável entre fevereiro e abril, frente ao trimestre móvel anterior. Na comparação com o mesmo período de 2020, cresceu 18,7%. Essa parcela reúne trabalhadores que desistiram de procurar emprego por acreditarem que não terão vez no mercado de trabalho. ?
Fonte: FOLHAPRESS - 30/06/2021 16H
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