Isac Nóbrega/PR - 30/06/202
foto:Isac Nóbrega/PR/reprodução
O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) declarou, nesta quinta-feira (1º/7), que três ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) articulam para barrar a implementação do voto impresso nas eleições de 2022.
“Tem uma articulação de três ministros do Supremo para não ter o voto auditável. Se não tiver, eles vão ter que apresentar uma maneira de termos umas eleições limpas. Se não tiver, vão ter problemas o ano que vem. Eu estou me antecipando a problemas para o ano que vem”, afirmou o chefe do Executivo a apoiadores na saída do Palácio da Alvorada.
A Câmara analisa uma proposta de emenda à Constituição (PEC) para tornar o voto impresso obrigatório. O parecer foi lido na última segunda-feira (28/6) em um comissão especial criada para analisar a matéria. O parecer, favorável, é do deputado Filipe Barros (PSL-PR). A proposta é encampada pela base ideológica do presidente, mas possui poucas chances de prosperar.
Bolsonaro não citou os nomes dos ministros que estariam contra o voto impresso. De acordo com o militar, “o voto auditável é para ter certeza de que em quem o povo votar vai ser eleito”. Ele afirma que, com o sistema de votação atual, “a fraude está escancarada”.
O tema está em discussão no STF. O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Luís Roberto Barroso, tem atuado contra a aprovação da PEC que está na Câmara e recebido parlamentares para tratar do assunto. Além de Barroso, os ministros Alexandre de Moraes e Edson Fachin, que também integram o TSE, se uniram a Barroso na defesa da urna eletrônica.
Fonte:Metrópoles - 01/07/2021 11h.29min.
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