foto:reprodução/X
Esmail Fekri, detido em 2023 e acusado de espionagem para o serviço de inteligência exterior de Israel, o Mossad, teve a execução anunciada pelas autoridades iranianas nesta segunda-feira (16/6), em meio aos conflitos entre a República Islâmica e os israelenses.
O que está acontecendo
- Na última quinta-feira (12/6), as Forças de Defesa de Israel dispararam uma “ofensiva preventiva” contra o programa nuclear do Irã.
- O governo israelense já vinha, antes do ataque, subindo o tom contra o regime do aiatolá Ali Khamenei, com ameaças ao programa nuclear.
- Nos últimos anos, o avanço nuclear do Irã incomodou a comunidade internacional. Israel, que é uma potência nuclear, via o avanço como uma ameaça.
- Embora ambos os países sejam rivais históricos, o ataque levou ao aumento da instabilidade no Oriente Médio.
Posteriormente, foi designado a um segundo oficial chamado Amir, que o instruiu a estabelecer uma nova plataforma de comunicação criptografada para transmitir relatórios de inteligência.
Em julho de 2022, Amir também instruiu Fekri a configurar uma carteira de criptomoedas em seu celular, para facilitar o pagamento de apoio operacional.
Segundo o Judiciário, o agente manteve contato com dois oficiais do Mossad e estava tentando fornecer informações confidenciais sobre o Irã aos inimigos, em troca de recompensas financeiras — como localizações de locais estratégicos, detalhes de indivíduos específicos e missões de organizações internas —, por meio de canais de comunicação seguros.
Apesar das atividades secretas, os serviços de inteligência iranianos conseguiram monitorar as comunicações de Fekri. Ele foi preso em dezembro de 2023 em Teerã, capital do Irã.
“Ao mesmo tempo que Esmail Fekri se comunica com agentes de inteligência do Mossad, as agências de segurança e inteligência iranianas, por meio de medidas técnicas complexas, descobrem as conexões do mencionado com o regime sionista e monitoram o mencionado e sua rede de comunicação em sua rede de inteligência”, alegou o Judiciário iraniano, pelo site Mizan.
Execução em meio aos intensos conflitos
A execução foi realizada após ouvirem as declarações do réu e da defesa, além da apresentação da documentação que comprova a cooperação com o serviço de inteligência israelense, bem como a confissão.
Segundo a agência de notícias Mizan, vinculada ao Poder Judiciário do Irã, o agente foi declarado culpado pelos crimes de “guerra” e “corrupção na Terra”.
“Se alguém for considerado culpado de colaborar com o regime sionista, será processado e punido sem demora”, prometeu o chefe do Judiciário do Irã, Gholam-Hossein Mohseni-Ejei.
O condenado foi enforcado, e a sentença de morte acabou executada em meio aos intensos conflitos entre os países, que se estendem pelo quarto dia, nesta segunda-feira.
Fonte: Alvaro Luiz/Metrópoles - 16/06/2025
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