quarta-feira, 18 de junho de 2025

STF: Moraes tira sigilo de investigação sobre Abin Paralela; veja relatório

 

                                                                                             FOTO:Igo Estrela/Metrópoles



O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu retirar o sigilo do processo que investiga o uso de um programa secreto de monitoramento pela Agência Brasileira de Inteligência (Abin) durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). A decisão foi tomada no âmbito da Petição 11108, que tramita na Corte desde 2023.

 O relatório da PF sobre os suspostos crimes foi divulgado pelo STF.


https://drive.google.com/drive/folders/1uKBspZ2onhM6LMl9MjuTdCNIQP5fau_Z


Segundo Moraes, a medida se tornou necessária após a constatação de vazamentos seletivos de partes do relatório produzido pela Polícia Federal. O ministro avaliou que os vazamentos têm levado à publicação de “matérias confusas, contraditórias e errôneas na mídia”. Para o relator, a divulgação de informações dessa forma poderia comprometer a continuidade das investigações.

Apesar da retirada do sigilo sobre a maior parte dos autos, Moraes determinou que as petições que tratam de dados bancários e fiscais dos investigados permaneçam protegidas.

Na última quinta-feira (12/6), a PF encaminhou ao STF o relatório final do inquérito. Agora, com a decisão do ministro, os autos serão enviados à Procuradoria-Geral da República (PGR), que terá um prazo de 15 dias para se manifestar. Além disso, Moraes determinou a intimação dos advogados das partes envolvidas para ciência da decisão.

Abin Paralela

O suposto uso da estrutura da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) para a espionagem ilegal de adversários políticos ficou conhecida como “Abin Paralela” do governo Bolsonaro. Nessa terça-feira (17/6), a corporação enviou ao STF a conclusão do inquérito. Foram indiciados o deputado federal Alexandre Ramagem (PL-TJ), ex-diretor da Abin, e o vereador pelo Rio de Janeiro Carlos Bolsonaro (Republicanos).

De acordo com a investigação, que apurou o monitoramento de opositores e adversários políticos do ex-presidente entre 2019 e 2021, sob a gestão do então diretor do órgão, Alexandre Ramagem, a espionagem paralela seria feita por meio do software de inteligência israelense First Mile, adquirido durante o governo de Michel Temer (MDB).

FONTE:Giovanna Estrela/METRÓPOLES - 18/06/2025


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