quinta-feira, 6 de abril de 2017

Em debate sobre segurança pública: Prefeito de Jaguaquara rebate criticas do Promotor de Justiça


Giuliano Martinelli rebate Lúcio Meira. Foto: Blog Marcos Frahm/reprodução

Depois de mais de duas horas de intensa abordagem sobre o tema: ”Segurança Pública”, onde ouviu discursos com críticas a classe política e duros comentários do promotor de Justiça, Lúcio Meira Mendes, de que sua amizade com o governador não trás benefícios para Jaguaquara, o prefeito da cidade, Giuliano Martinelli, por sua vez, ao fazer uso da tribuna, reagiu.
Em tom de insatisfação, e rebateu o representante do MP. Vereadores da base aliada e membros do alto escalão municipal, presentes no plenário, até torciam para que, em seu discurso, Martinelli procurasse arrefecer o ambiente, mas o chefe do Executivo, reeleito em 2016, para seu segundo mandato, respondeu no mais tradicional toma lá, da cá. Giuliano disse que, se for fazer comparação com gestores de Estado, entre o atual e os que já passaram pelo governo, Jaguaquara não tem amigo nem inimigo. 
Citou o hospital estadual que foi municipalizado pelo então governador Paulo Souto, do grupo de ACM Neto, e hoje a população paga o preço. Segundo ele, a municipalização ocorreu numa época em que Jaguaquara tinha um prefeito que, era amigo do então governador Paulo Souto e que a decisão trouxe prejuízos ao Município. ”Quando se fala em amizade de prefeito com governador, Jaguaquara é órfão ou inimiga de todos os governadores. Num passado não muito distante, o prefeito da época era amigo do governador e de um grupo de oposição a Rui Costa, que era Paulo Souto, apadrinhado de ACM Neto e municipalizaram um hospital que era estadual, trazendo despesas para o município. Uma triste lembrança”, relatou. 
E continuou: ”Embora eu seja amigo do vice-governador eu fiz a minha parte” justificou, ao revelar que participou de audiências com o secretário de Segurança, com o comandante geral da PM e com o vice Leão e que se o reforço na segurança não chega não é culpa do Município e que a segurança é de competência do Estado. ”A caneta é do governador e não do prefeito”, rebateu, afirmando que ofícios pedindo que a Companhia Independente foram entregues por ele as autoridades políticas do Estado e que se for pra se tornar inimigo de Rui para que a Cipe se instale na cidade ele se tornaria, mas que já garantiu apoio da Prefeitura para um Posto Avançado da Cipe na cidade. Que os problemas são reflexos da crise que afeta a Bahia e o Brasil, pois esteve recentemente em Brasília e nos ministérios a reposta que recebeu foi que a União não tem recursos. 
O prefeito, ao destacar a questão da segurança, rebateu ao promotor que teria falado anteriormente que a Delegacia de Polícia está em situação precária em relação à estrutura física e que pegou fogo em 2009, mas que até hoje o estado não tomou providências. ”Se a Delegacia pegou fogo, foi o secretário de infraestrutura do nosso município quem ajudou a recuperar; se o batalhão precisou de alguma intervenção, foi à prefeitura quem ajudou. A delegacia funciona com o delegado e dois agentes, mas oito contratados pela Prefeitura estão lá”. Disse ser admirador do trabalho da PM e da Cipe e lamentou o número reduzido de policiais militares em Jaguaquara e que 90% dos inquéritos registrados na cidade e destacados no discurso do promotor são frutos das ações policiais da Cipe, que as viaturas da PM circulam, mas o apoio para o combustível é do Município.
Concluiu dizendo que a Cipe foi instalada em Jequié não por questão política, mas por um estudo técnico pela localização e que os seus pedidos continuarão chegando à mesa do seu amigo vice-governador e do governador, mas que gostaria de contar com a ajuda dos respectivos representantes do Poder Judiciário e MP para que elaborassem ofícios também cobrando demandas para Jaguaquara. 

fonte:Blog Marcos Frahm/reprodução

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